domingo, 10 de junho de 2012

SINAPEN Solicita da Assembleia Legislativa em nome da Deputada Cristina Almeida novamente a criação da SECRETARIA ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA. E requer resposta do governador Camilo quanto ao Pleito.


Ofício nº.   0118/ 2012 – SINAPEN                                          Macapá - AP, 30 de Maio de 2012.        

A Sua Excelência
Cristina Almeida
Deputada Estadual do Amapá
 
Assunto: Solicitação de apoio na Criação da SECRETARIA ESTADUAL DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA.
                 Senhora Deputada;

Reiterando o Ofício nº.   063/ 2012 – SINAPEN de  28 de Março de 2012.     

                 Senhor Governador;

PROMESSA DE SE CRIAR A SEA
Solicitamos apoio do Governo do Estado do Amapá na criação da Estadual de Administração Penitenciária, pois é preciso ter a ciência de que investir no apenado é investir em todos, pois o ciclo da violência se reproduz exatamente por esse descaso com quem hoje é apenado. Também se justifica a criação da Secretaria na importância da ressocialização, visto que conforme dados do próprio Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN cerca de 70% dos presos Amapaense que ganham liberdade voltam a cometer crimes por falta de oportunidades para garantir seu sustento. Devemos dar continuidade ao excelente trabalho que a Administração Penal Amapaense tem alcançado, mais devemos dar passos na criação de nas ações de reintegração social podendo ser definidas como um conjunto de intervenções técnicas, políticas e gerenciais levadas a efeito durante e após o cumprimento de penas ou medidas de segurança, no intuito de criar interfaces de aproximação entre Estado, Comunidade e as Pessoas Beneficiárias, como forma de lhes ampliar a resiliência e reduzir a vulnerabilidade frente ao sistema penal.

Partindo-se desse entendimento, vê-se que um bom “tratamento penal” não pode residir apenas na abstenção da violência física ou na garantia de boas condições para a custódia do  indivíduo, em se tratando de pena privativa de liberdade: deve, antes disso, consistir em um processo de superação de uma história de conflitos, por meio da promoção dos seus direitos e da recomposição dos seus vínculos com a sociedade, visando criar condições para a sua autodeterminação responsável como previsto na Lei de Execuções Penais, sem esquecer, é claro, do aperfeiçoamento e melhorias para os Agentes e Educadores Penitenciária.

JUSTIFICATIVA.

No Amapá, não estamos alheios às problemáticas vivenciadas por outras unidades da Federação, temos um índice de violência crescente e alarmante, Nesse Contexto o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá é o órgão responsável pela formulação e execução da política penitenciária do Estado do Amapá, exercendo a coordenação de todas as unidades responsáveis pela reclusão de presos e apenados, zelando e fazendo cumprir as penas de privação da liberdade e outras por decisão judicial, visando sempre a recuperação do cidadão, autor de ato infracional, para seu retorno ao convívio social, buscando o pleno exercício de sua cidadania, exercendo também outras atribuições correlatas na forma do regulamento.

Somos subordinado á Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (SEJUSP) e esse modelo atual de hierarquia já não atende como deveria as necessidades administrativa principalmente em âmbito federal, pois em março de 2008 foi oficializado  o  Plano Diretor do Sistema Penitenciário do Amapá, corresponde a um mecanismo de planejamento que contém um conjunto de ações a ser implementado pelas Unidades Federativas, a curto, médio e longo prazo, visando o cumprimento dos dispositivos contidos na Lei nº 7.210/84 – Lei de Execução Penal, e nas diretrizes da política criminal emanadas do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, bem como o fortalecimento institucional e administrativo dos órgãos de execução penal locais.
 
O Plano Diretor é composto por 22 metas definidas pela União e que abrange de forma ampla às necessidades existentes para que se possa reestruturar o atual modelo penitenciário. O que se almeja como resultado é um sistema mais humano, seguro e que atenda à legalidade quanto ao tratamento básico a ser dispensado à pessoa em situação de encarceramento.

Sendo que o Ministério da Justiça, através do Departamento Penitenciário Nacional, irá monitorar e avaliar o cumprimento das ações definidas em cada meta, bem como a viabilidade dos prazos. Este acompanhamento será realizado pela Comissão de Monitoramento e Avaliação do Departamento Penitenciário Nacional, instituída especialmente para este fim, bem como para outros concernentes a este tema específico.

A nova estrutura de proposta deverá atender de forma integral as exigências do Departamento Penitenciário Nacional e dará ao Amapá um Sistema Penitenciário moderno e abrangente, atendendo de forma eficaz o nosso público alvos: os internos e seus familiares.

E bom lembrar que o sistema prisional brasileiro é o quarto maior do mundo (505 mil)  em número de presos, e só perde para os Estados Unidos( primeiro lugar com 2,2 milhões de pessoas em cadeias) a China tem hoje (1,5 milhão)e a Rússia (870 mil).

Hoje no Brasil a maioria das cadeias são administradas pelos governos estaduais, estes que em geral repassam esta incumbência as secretarias de justiça, no caso do Amapá, secretaria de estado de Justiça e segurança Publica, ou criam secretarias especiais para cuidar dos detentos, que é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Sergipe, Espirito Santos, Maranhão, Paraíba, Alagoas e outros que tem a secretária de administração penitenciária. Com a autonomia os governos estaduais decidem os salários dos funcionários de presídios (não há um piso nacional), os locais onde as cadeias seram construídas e serão administradas.


Certo de contarmos com seu apoio e compreensão desde já agradeceram.
 
Alexandro Soares de Oliveira
Diretor-Presidente
SINAPEN-AP

 Em Anexo.

Diretor do Iapen em 2009 disse ao Dep. Camilo Capiberibe que há necessidade da CRIAÇÃO DE UMA SECRETARIA PENITENCIÁRIA para a gerência do sistema como um todo e dos recursos conveniados para o Iapen e para a construção de novas unidades prisionais. em Resposta O deputado socialista se comprometeu em apoiar a criação da Secretaria de Administração Penitenciária para unificar toda a gestão do sistema prisional amapaense.

Fonte:

NOTÍCIAS Enviada em 26/04/2009 às 07:28:36

Diário
Projeto aprovado na Assembleia Legislativa cria Secretaria Estadual dos Direitos Humanos








A Assembleia Legislativa aprovou nesta segunda-feira (23), por unanimidade, o projeto de lei 007/08-AL, de autoria do deputado estadual Camilo Capiberib (PSB), que autoriza o Governo do Estado a criar a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos. De acordo com a justificativa, a nova pasta terá a finalidade de articular, junto às outras secretarias de Estado, a formulação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas de promoção, proteção e defesa dos diretos humanos e deficientes. Além disso, será responsável pela execução de programas e projetos para desenvolver e resgatar a cidadania do povo amapaense. O projeto também estabelece que a estrutura administrativa e o quadro de funcionários e suas atribuições será montado pelo Executivo estadual. “Na verdade, será uma secretaria que irá agir no sentido de garantir a preservação dos direitos humanos. Ela está amparada na Constituição Federal. Além disso, o Brasil é signatário de vários tratados nesse sentido. Sem falar que a secretaria já existe no Governo Federal, com status de ministério. Agora temos a chance de criar em nível estadual”, defendeu Camilo Capiberibe, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. O projeto agora segue para a sanção do governador Waldez Góes (PDT).

Penitenciária

O projeto foi aprovado depois que um grupo de deputados estaduais fez uma visita de inspeção ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), no dia 5 passado. A ida à penitenciária estadual se deu depois do adiamento da ida do diretor da instituição, coronel Walcir Santos, ao plenário do Legislativo, a fim de prestar esclarecimentos sobre as constantes notícias de fugas, homicídios, tráfico de drogas, superlotação, entrada de celulares e armas na casa de detenção. Na ocasião, os parlamentares ouviram dos detentos relatos que iam desde a superlotação nas celas até a má qualidade da comida. “Também já fizemos visita ao Cesein [Centro Sócio Educativo de Internação, onde menores infratores cumprem medidas sócio-educativas] e vimos que a realidade é parecida com a do Iapen. Temos que pensar que se tratam, antes de presos, de seres humanos”, finaliza o deputado Camilo.


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