quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dor, comoção e revolta marcam enterro de agente executado.

13/06/2012
Imagem
Clodoaldo Pantoja Brito recebeu honras militares durante o enterro.

Um grande número de pessoas acompanhou ontem (12), o enterro do agente penitenciário Clodoaldo Pantoja Brito, de 39 anos. Durante o velório, todos pediam providências por parte das autoridades para que o caso não fique impune. Parentes, amigos e colegas de trabalho estavam emocionados e revoltados com a forma como a vítima foi assassinada.

Clodoaldo foi executado com 18 tiros na última segunda-feira (11), em uma tocaia que aconteceu em um ramal que dá acesso à rodovia Duca Serra, no bairro Infraero, zona norte de Macapá.

Homenagens
O corpo do agente foi transportado em um carro do Corpo de Bombeiros, que seguiu em cortejo por algumas ruas e avenidas da capital. O enterro aconteceu no Cemitério São José, onde Clodoaldo recebeu as últimas homenagens. Ele foi enterrado com honras militares – salva de tiros e toque de corneta.

Agentes de luto
A direção do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) decretou luto oficial na instituição por cinco dias. Apenas os serviços essênciais funcionaram dentro da normalidade. O banho de sol dos detentos foi reduzido para apenas uma hora durante os dias do luto.

Resposta
Emocionado, um primo de Clodoaldo se manifestou em nome da família e quebrou o silêncio. Ainda estamos todos sem entender o que aconteceu disse Jauber Maciel. Ele lembrou que a vítima era um profissional dedicado no trabalho e muito ligado a família nas horas de folga, principalmente, com a filha de 8 anos,que morava com ele. 

Jauber pediu uma resposta por parte das autoridades do Estado, não só para a família, mas para a sociedade amapaense a respeito desse crime. O familiar lembrou que assim como Clodoaldo, vários servidores trabalham dentro do Iapen e merecem um olhar mais atencioso por parte do Governo do Estado em relação à segurança.

Sobre a informação de ameaças sofridas pela vítima ele disse desconhecer. “Pelo menos pra mim Clodoaldo nunca chegou a comentar nada sobre isso. Mas quem trabalha dentro do sistema carcerário já se acostumou a receber constantemente ameaças de morte por detentos”, finalizou. 

(Ailton Leite/aGazeta) Jornal Agazeta

Nenhum comentário: