quinta-feira, 21 de junho de 2012

Escolta de presos termina em conflito entre agentes penitenciários e seguranças da Semur. e Sinapen afirma que houve falha da segurança da Semur.


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JORNAL DIARIO AMAPÁ -
Agentes penitenciários que faziam a escolta de internos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) e que integram o projeto de ressocialização "Liberdade e Cidadania" entraram em confronto na manhã de ontem, 20, com a segurança interna da Secretaria Municipal de Manutenção e Urbanística (Semur), onde funciona a sede do projeto que objetiva reinserir o presidiário no convívio social.

Segundo a assessoria de imprensa da Semur, existe uma normativa que obriga todo e qualquer veículo e seus passageiros a serem identificados antes do acesso à área interna da secretaria. A medida é de segurança. Assim que o carro de escolta do Iapen chegou com os detentos do projeto, o segurança requereu a identificação dos agentes.

De acordo com o servidor Picanço, diretor de fiscalização da Semur, os agentes desceram do veículo com armas em punho agredindo verbalmente os servidores da casa e chegando a fazer ameaças. O clima ficou tenso e a coordenadora do projeto, Alice Ramalho, tentou intervir na situação, mas também fora desacatada, segundo ainda nota divulgada pela assessoria de imprensa da Semur.

O próprio secretário Eraldo Trindade foi até o pátio interno da secretaria e pediu que os agentes baixassem as armas de grosso calibre e deixassem a área para evitar excessos. Picanço deixou em seguida a sede da secretaria para registrar uma ocorrência policial contra os agentes. Eraldo Trindade pediu a comunicação do fato ao diretor do Iapen, delegado Nixon Kenedy, para que a conduta dos agentes seja apurada. O delegado não foi localizado para comentar o caso.

Foto Jornal Extra amapá
Sinapen afirma que houve falha da segurança
Procurado pela reportagem do DA, Alexandro Soares, presidente do Sindicato dos Agentes e Educadores Penitenciários (Sinapen), afirmou que houve uma falta de comunicação entre a segurança da secretaria e que, de fato, foram os agentes da escolta que foram constrangidos no episódio.

"Chegaram a dizer que as armas haviam sido apontadas contra os seguranças, nada disso. Os agentes carregam essas armas durante as escoltas e o procedimento é padrão. Se verificar as próprias imagens vai se verificar que a arma calibre 12, por exemplo, está sendo segura na altura do peito do agente com o cano virado para baixo. Isso é o que chamamos de 'posição sul'. Mas é um padrão da escolta e em nenhum momento houve ameaça. Nós também registramos uma ocorrência policial e agora vamos deixar que a polícia resolva o caso" afirmou Alexandro.

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