Desabafo de um Agepen
Prezados Agentes e Educadores
Penitenciários,
Chegamos ao término de
mais um ano de negociação. 09 anos se passaram, contudo ainda estamos ansiosos
por ver um reconhecimento digno, à luz da insigne atividade que exercemos no âmbito
social, juntamente aos Poderes Constituídos. Não se olvida, para tanto, a
necessidade de se deixar cair um olhar sereno sobre esses nobres servidores, de maneira que o Estado não vire a fronte e
reconheça o mais alto valor do trabalho desenvolvido na prisão. Assim
comungamos que esta deve ser a postura estatal: elevar a condição humana do
Agente Penitenciário.
Exercer esse cargo é
uma satisfação inefável, mas não para todos. O malogro diário é incontestável.
Porém, não há que planger, visto que diante de tantas adversidades sempre
aprendemos o básico da vida: cheia de altos e baixos, e não é assim que uma
história se acaba.
Percorremos um árduo caminho e ainda há muito a se
fazer. Reconheçamos que existem momentos na vida que não voltam mais. São
sempre como se fosse a primeira vez.
O caos no sistema penitenciário foi suportado por
cada um de nós. Muitos pagaram com a própria vida por causa da ineficiência do
Poder Público competente. Sentimos profundamente por isso, todavia não
silenciamos. Ao contrário: sempre deixamos claro que até agora, durante esses
10 anos no efetivo exercício funcional, fomos a mola mestra do sistema,
cumprimos, portanto, com nossa incumbência.
Caros colegas: se
tivemos derrotas, fracasso e pouco sucesso, é porque deles a vida é
constituída. Uma vez se ganha, outra se perde. E existem muitas lutas depois da
vitória, e a vida continua depois do fracasso.
As conquistas da
vida não devem ser medidas pelo resultado, mas pelos valores e maneiras que se
escolheu para atingir os objetivos.
Nós somos nobres por
excelência. Fiquemos com Deus. Sejamos felizes. Façamos o bem. Sejamos bons.
Não arrogantes, nem aviltemos a vida de ninguém. O despotismo fora expurgado e
substituído pela ordem democrática; pela valorização do ser humano.
Um ponto é
pertinente: não permita nem tolere que um Agente Penitenciário venha se
insurgir contra o seu semelhante. Respeitem-se cordialmente, e amem-se uns aos
outros, pois o “amor perdoa multidões de pecados”. 1º Pedro 4:8.
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