sábado, 2 de junho de 2012

Desabafo de um Agepen


Prezados Agentes e Educadores Penitenciários,
Chegamos ao término de mais um ano de negociação. 09 anos se passaram, contudo ainda estamos ansiosos por ver um reconhecimento digno, à luz da insigne atividade que exercemos no âmbito social, juntamente aos Poderes Constituídos. Não se olvida, para tanto, a necessidade de se deixar cair um olhar sereno sobre esses nobres servidores, de maneira que o Estado não vire a fronte e reconheça o mais alto valor do trabalho desenvolvido na prisão. Assim comungamos que esta deve ser a postura estatal: elevar a condição humana do Agente Penitenciário.
Exercer esse cargo é uma satisfação inefável, mas não para todos. O malogro diário é incontestável. Porém, não há que planger, visto que diante de tantas adversidades sempre aprendemos o básico da vida: cheia de altos e baixos, e não é assim que uma história se acaba.

Percorremos um árduo caminho e ainda há muito a se fazer. Reconheçamos que existem momentos na vida que não voltam mais. São sempre como se fosse a primeira vez.


O caos no sistema penitenciário foi suportado por cada um de nós. Muitos pagaram com a própria vida por causa da ineficiência do Poder Público competente. Sentimos profundamente por isso, todavia não silenciamos. Ao contrário: sempre deixamos claro que até agora, durante esses 10 anos no efetivo exercício funcional, fomos a mola mestra do sistema, cumprimos, portanto, com nossa incumbência.
Caros colegas: se tivemos derrotas, fracasso e pouco sucesso, é porque deles a vida é constituída. Uma vez se ganha, outra se perde. E existem muitas lutas depois da vitória, e a vida continua depois do fracasso.
As conquistas da vida não devem ser medidas pelo resultado, mas pelos valores e maneiras que se escolheu para atingir os objetivos.
Nós somos nobres por excelência. Fiquemos com Deus. Sejamos felizes. Façamos o bem. Sejamos bons. Não arrogantes, nem aviltemos a vida de ninguém. O despotismo fora expurgado e substituído pela ordem democrática; pela valorização do ser humano.
Um ponto é pertinente: não permita nem tolere que um Agente Penitenciário venha se insurgir contra o seu semelhante. Respeitem-se cordialmente, e amem-se uns aos outros, pois o “amor perdoa multidões de pecados”. 1º Pedro 4:8.



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