Dos cinco presos na manhã de quinta-feira (14), apenas dois tiveram o pedido de prisão temporária decretada no início da noite.
A
morte do agente penitenciário Clodoaldo Pantoja Brito, de 39 anos -
executados de forma brutal e covarde com 16 tiros, desses 11 nas costas –
que ocorreu no início da manhã da última segunda-feira (11),quando ele
retornava do trabalho para a casa - teve um capítulo a parte na manhã de
quinta-feira (14), quando a polícia prendeu cinco suspeitos de
participação na execução.
Os
acusados foram presos quando tentavam fugir em uma lancha próximo a
balsa do rio Matapi. A polícia chegou até eles após receber uma denúncia
anônima relatando a fuga.
Wagner
João Oliveira Melone, 35 anos, Wesley Alves da Silva, 18, Jonas
Monteiro, 29, o primo dele, josiel Monteiro, 30, e Luis Carlos Silva
Teixeira, 33, se preparavam para deixar o Estado em direção a cidade de
Altamira, no interior do Pará. Com eles a polícia encontrou uma certa
quantia em dinheiro, cujo valor não foi divulgado.
O
grupo foi levado para a sede da Delegacia Especializada em Crimes
contra a Pessoa (Decipe), localizada no Centro Integrado de Operações em
Segurança Publica (Ciosp) do Pacoval.
Prisão decretada
Os
acusados foram encaminhados para a Politec onde realizaram o exame
residuografico e o resultado foi entregue para a delegada no fim da
tarde de quinta-feira (14).
No
início da noite do mesmo dia, a delegada Odanete Biondi, responsável
pelas investigações, recebeu a resposta do pedido de prisão temporária
da justiça que decretou a prisão de dois dos cinco acusados. Wagner
Melone e de Wesley Alves da Silva. Os outros foram liberados após
prestarem depoimento.
Delegados manifestaram apoio
Na
manhã de ontem (15), um grupo de delegados de Polícia Civil se reuniu
no refeitório do Iapen para dar apoio ao grupo penitenciário. Nixon
Kennedy, diretor da instituição, se pronunciou em relação à morte do
agente e disse que o fato foi um ataque não há um a um servidor
penitenciário, mas sim há um servidor da segurança pública. Ele também
comentou sobre as investigações, mas não quis dar detalhes sobre o
andamento, apenas falou que a polícia trabalha em todas as linhas de
investigações e que o caso ainda está sob sigilo.
Indignação
Alexandro
Soares, presidente do sindicato dos agentes e educadores penitenciários
(Sinapen) também falou sobre o caso e criticou o posicionamento do
Ministério Publico e dos Direitos Humanos, que de forma alguma, se
pronunciou a respeito da morte do agente. Segundo ele, houve sim uma
manifestação dos órgãos citados mas para saber os motivos que levaram a
direção do Iapen a tomar algumas medidas de segurança.
Os
agentes penitenciários receberam a notícia sobre a liberação de três
dos cincos suspeitos da morte de Clodoaldo com indignação. Eles disseram
não entender os motivos que levaram a justiça a não decretar a
temporária deles, tendo em vista, que o exame residuográfico feito pela
Politec deu positivo.
Investigações
As
investigações sobre a morte de Clodoaldo correm sob segredo de justiça e
por esse motivo, a delegada Odanete Bionde, titular da Decipe,
responsável pelo caso, não se pronunciou sobre o andamento das
investigações e nem sobre a prisão dos suspeitos. (Ailton
Leite /aGazeta)
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