sábado, 16 de junho de 2012

Justiça decreta prisão de dois suspeitos pela execução de agente penitenciário. Agentes Penitenciarios disseram não entender os motivos que levaram a justiça a não decretar a temporária deles, tendo em vista, que o exame residuográfico feito pela Politec deu positivo.

16/06/2012

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Dos cinco presos na manhã de quinta-feira (14), apenas dois tiveram o pedido de prisão temporária decretada no início da noite.

A morte do agente penitenciário Clodoaldo Pantoja Brito, de 39 anos - executados de forma brutal e covarde com 16 tiros, desses 11 nas costas – que ocorreu no início da manhã da última segunda-feira (11),quando ele retornava do trabalho para a casa - teve um capítulo a parte na manhã de quinta-feira (14), quando a polícia prendeu cinco suspeitos de participação na execução.
Os acusados foram presos quando tentavam fugir em uma lancha próximo a balsa do rio Matapi. A polícia chegou até eles após receber uma denúncia anônima relatando a fuga. 

Wagner João Oliveira Melone, 35 anos, Wesley Alves da Silva, 18, Jonas Monteiro, 29, o primo dele, josiel Monteiro, 30, e Luis Carlos Silva Teixeira, 33, se preparavam para deixar o Estado em direção a cidade de Altamira, no interior do Pará. Com eles a polícia encontrou uma certa quantia em dinheiro, cujo valor não foi divulgado.

O grupo foi levado para a sede da Delegacia Especializada em Crimes contra a Pessoa (Decipe), localizada no Centro Integrado de Operações em Segurança Publica (Ciosp) do Pacoval.


Prisão decretada
Os acusados foram encaminhados para a Politec onde realizaram o exame residuografico e o resultado foi entregue para a delegada no fim da tarde de quinta-feira (14).

No início da noite do mesmo dia, a delegada Odanete Biondi, responsável pelas investigações, recebeu a resposta do pedido de prisão temporária da justiça que decretou a prisão de dois dos cinco acusados. Wagner Melone e de Wesley Alves da Silva. Os outros foram liberados após prestarem depoimento.


Delegados manifestaram apoio
Na manhã de ontem (15), um grupo de delegados de Polícia Civil se reuniu no refeitório do Iapen para dar apoio ao grupo penitenciário. Nixon Kennedy, diretor da instituição, se pronunciou em relação à morte do agente e disse que o fato foi um ataque não há um a um servidor penitenciário, mas sim há um servidor da segurança pública. Ele também comentou sobre as investigações, mas não quis dar detalhes sobre o andamento, apenas falou que a polícia trabalha em todas as linhas de investigações e que o caso ainda está sob sigilo.


Indignação
Alexandro Soares, presidente do sindicato dos agentes e educadores penitenciários (Sinapen) também falou sobre o caso e criticou o posicionamento do Ministério Publico e dos Direitos Humanos, que de forma alguma, se pronunciou a respeito da morte do agente. Segundo ele, houve sim uma manifestação dos órgãos citados mas para saber os motivos que levaram a direção do Iapen a tomar algumas medidas de segurança.

Os agentes penitenciários receberam a notícia sobre a liberação de três dos cincos suspeitos da morte de Clodoaldo com indignação. Eles disseram não entender os motivos que levaram a justiça a não decretar a temporária deles, tendo em vista, que o exame residuográfico feito pela Politec deu positivo.


Investigações
As investigações sobre a morte de Clodoaldo correm sob segredo de justiça e por esse motivo, a delegada Odanete Bionde, titular da Decipe, responsável pelo caso, não se pronunciou sobre o andamento das investigações e nem sobre a prisão dos suspeitos. (Ailton Leite /aGazeta)

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