quinta-feira, 28 de junho de 2012

Agentes e Educadores Penitenciários saem às ruas para reivindicar melhorias no trabalho.

Jornal Diario Amapá -
Cerca de 100 agentes penitenciários protestaram em frente a Assembleia Legislativa do Amapá na manhã de ontem, 27, a fim de pedir celeridade nas investigações da morte do agente penitenciário, Clodoaldo Brito, que foi alvejado com 18 tiros, em um ramal do bairro Ilha Mirim, há 17 dias. Além disso, o envio do projeto de reajuste salarial à AL acordado entre o Governo do Estado do Amapá (GEA) e a categoria; melhores condições de trabalho e; a criação da Secretaria de Administração Penitenciária, também estiveram na pauta de reivindicações.

"Estamos pedido que a Assembleia Legislativa cobre do governo estadual o envio do projeto do nosso reajuste, pois há 20 dias assinamos um acordo com o governo, aceitando 13.15% de reajuste salarial, porém, até agora ele não foi apresentado à AL", disse o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinapen), Alexandro Soares.

A morte do agente penitenciário no último dia 11 de junho foi um dos motivos que fez a categoria ser mais rigorosa na cobrança de melhores condições de trabalho, pois segundo o Sinapen, as armas usadas em trabalho, são de péssima qualidade e ultrapassadas.

O rádio usado na comunicação entre os agentes dentro das unidades penitenciárias também é precário. "Temos apenas um rádio para 500 agentes. Os demais usam o celular para ajudar no trabalho dentro das cinco unidades penitenciárias", relatou Soares.

Em relação a criação da Secretaria de Administração Penitenciária, o sindicato entende que ela será uma grande força no combate de presos. Pois, os recursos destinados a manutenção da categoria seria maior que a existente pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Para o presidente do Sinapen, o auxílio fardamento que também não foi pago esse ano pelo governo mostra como a classe é excluída da política de segurança pública estadual.

"O não pagamento desse auxílio, a falta de recursos e condições de trabalho e; a morte do nosso companheiro que ainda não teve um desfecho na sua investigação nos deixa em situação muito difícil", declarou Alexandro Soares. O diretor da penitenciária, delegado Nixon Kenedy, e o secretário de Segurança Pública, Marcos Roberto, não foram localizados para comentar as declarações. (Santiago Sans)

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