Revolta e emoção marcam o velório do agente penitenciário Clodoaldo Pantoja Brito, “Se um agente é morto com uma ponto 40 a população deve pensar, e eu?” “Foi um atentado contra a segurança pública”
Revolta e emoção marcam o velório do agente
penitenciário Clodoaldo Pantoja Brito, 39 anos, que morreu na manhã desta segunda-feira,
após ter saído do plantão onde era chefe da guarnição Bravo e comandava mais de
60 AGEPENS, no cadeião onde era lotado.
“Se um agente é morto com uma ponto 40 a
população deve pensar, e eu?”, diz Alexandro Soares, presidente do Sinapen (Sindicato
dos Agentes e Educadores Penitenciários), referindo-se ao sentimento de
insegurança que muitos cidadãos devem estar sentindo pelo fato de um servidor
pública ter sido assassinado com uma arma de calibre de uso exclusivo da
Polícia.
A família de Clodoaldo esta indignada, devido o
servidor este representado o estado e não poder ter nenhum apoio do governo.
Mas, do lado de fora, era possível perceber a emoção que tomou conta do
velório.
Quem chegava estava com os olhos cheios de
lágrimas. Parentes e colegas de trabalho: todos chorando muito e revoltados, em
especial aqueles que dividiam com Clodoaldo a função de manter encarceradas
pessoas que fizeram mal à sociedade.
“Ainda quantos vão precisar morrer? Com quantos
precisa acontecer isso para fazer alguma coisa”, questiona uma agente
penitenciária que preferiu não se identificar.
O presidente do sindicato que representa a
categoria, lembra que fez varias denuncias de ameaças e agressões a agentes,
que culminando agora com este fato lamentável e revoltante. Cobra empenho da
Polícia Civil para esclarecer o homicídio e acredita que o assassinato tenha
sido encomendado por presidiários.
Alexandro soares, diz ainda que os agentes
pretendem fazer uma manifestação nos próximos dias devido a falta de condições de
trabalho e de segurança, e solicita esclarecimentos da justiça do Amapá devido
a não autorização das transferências dos presos chefes do trafico que se
encontram no IAPEN, e que tiveram sua transferências não autorizadas pela
Justiça d Amapá no final do ano de 2011.
Conforme o sindicalista, a classe irá fazer um
documento que será entregue ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Marcos
Roberto e ao governador Camilo (PSB) pedindo empenho para o esclarecimento do
crime.
Para outro agente penitenciário que também não
quis se identificar, Clodoaldo morreu porque era honesto. “Foi um atentado
contra a segurança pública”, fala o trabalhador. Para ele, o assassinato foi
uma retaliação do crime organizado porque a vítima deve ter feito algo honesto
que prejudicou a facção. “Ninguém ataca se não for incomodado”.
O Ag Angelo Cruz declara que convivia com Clodoaldo
e que ele era um “homem de ética”. Ela também acredita que ele tenha morrido
porque pode ter prejudicado o crime organizado
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