segunda-feira, 11 de junho de 2012

Revolta e emoção marcam o velório do agente penitenciário Clodoaldo Pantoja Brito, “Se um agente é morto com uma ponto 40 a população deve pensar, e eu?” “Foi um atentado contra a segurança pública”


Revolta e emoção marcam o velório do agente penitenciário Clodoaldo Pantoja Brito, 39 anos, que morreu na manhã desta segunda-feira, após ter saído do plantão onde era chefe da guarnição Bravo e comandava mais de 60 AGEPENS, no cadeião onde era lotado.

 

“Se um agente é morto com uma ponto 40 a população deve pensar, e eu?”, diz Alexandro Soares, presidente do Sinapen (Sindicato dos Agentes e Educadores Penitenciários), referindo-se ao sentimento de insegurança que muitos cidadãos devem estar sentindo pelo fato de um servidor pública ter sido assassinado com uma arma de calibre de uso exclusivo da Polícia.

 

A família de Clodoaldo esta indignada, devido o servidor este representado o estado e não poder ter nenhum apoio do governo. Mas, do lado de fora, era possível perceber a emoção que tomou conta do velório.

 

Quem chegava estava com os olhos cheios de lágrimas. Parentes e colegas de trabalho: todos chorando muito e revoltados, em especial aqueles que dividiam com Clodoaldo a função de manter encarceradas pessoas que fizeram mal à sociedade.

 

“Ainda quantos vão precisar morrer? Com quantos precisa acontecer isso para fazer alguma coisa”, questiona uma agente penitenciária que preferiu não se identificar.

 

O presidente do sindicato que representa a categoria, lembra que fez varias denuncias de ameaças e agressões a agentes, que culminando agora com este fato lamentável e revoltante. Cobra empenho da Polícia Civil para esclarecer o homicídio e acredita que o assassinato tenha sido encomendado por presidiários.

 

Alexandro soares, diz ainda que os agentes pretendem fazer uma manifestação nos próximos dias devido a falta de condições de trabalho e de segurança, e solicita esclarecimentos da justiça do Amapá devido a não autorização das transferências dos presos chefes do trafico que se encontram no IAPEN, e que tiveram sua transferências não autorizadas pela Justiça d Amapá no final do ano de 2011.

Conforme o sindicalista, a classe irá fazer um documento que será entregue ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Marcos Roberto e ao governador Camilo (PSB) pedindo empenho para o esclarecimento do crime.

 

Para outro agente penitenciário que também não quis se identificar, Clodoaldo morreu porque era honesto. “Foi um atentado contra a segurança pública”, fala o trabalhador. Para ele, o assassinato foi uma retaliação do crime organizado porque a vítima deve ter feito algo honesto que prejudicou a facção. “Ninguém ataca se não for incomodado”.

 

O Ag Angelo Cruz declara que convivia com Clodoaldo e que ele era um “homem de ética”. Ela também acredita que ele tenha morrido porque pode ter prejudicado o crime organizado

 

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