quarta-feira, 30 de maio de 2012

Agentes penitenciários não aceitam 2% do GEA Sindicato dos Agentes Penitenciários anuncia que a categoria votará com o movimento de greve esta semana.






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Após uma rodada de negociações com o secretário de justiça e segurança pública, Marcos Roberto, o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinapen) anuncia que a categoria votará o movimento de greve ainda essa semana.
Segundo Alexandre Soares, presidente do sindicato, a categoria está se sentindo desvalorizada por conta do aumento de 2% que foi feito a classe. “Nós estamos nos sentido desvalorizados, pois realizamos um trabalho essencial, mesmo com todas as faltas de materiais, conseguimos mudar a realidade do Instituto Administrativo Penitenciário (Iapen), e recebemos um aumento mínimo de 2%, ou seja, uma bela forma de valorizar o servidor” ironizou.


O representante do Sindicato foi mais além e convidou o Governador do Estado do Amapá, Camilo Capiberibe para visitar as dependências do Iapen e ver a que condições os servidores estão sendo colocados. “E se depois disso ele achar que o salário é suficiente, quero que passe a receber essa quantia todo mês, para que depois diga se consegue sobreviver e levar uma vida digna” acrescentou.


Alexandre repassou a reportagem do Jornal do Dia, que o secretário Marcos Roberto, afirmou, em reunião, que esse aumento faz parte do projeto do Governo que busca equiparar todos os salários dos servidores estaduais de ensino médio.


Mas fazendo isso, eles não estão respeitando a constituição que afirma o valor diferenciado, que deve ser aplicado em casos de atividades com alta periculosidade, que é o caso dos servidores do Iapen, ou seja, devem dar um maior auxílio a esses profissionais que estão diariamente em situação de insalubridade” contou Alexandre.


A categoria ainda afirmou que em meio à negociação não houve o repasse de garantias, que pudessem refletir no pagamento das progressões e do retroativo, que está atrasado desde 2009, nem garantias do auxílio fardamento que é um direito que não funciona segundo Alexandre.


“Em todos os outros estados, além do servidor ser valorizado, com bons salários, os mesmo ainda contam com esse auxílio e outros que ajudam o mesmo a levar uma vida mais digna, mas no Amapá essa realidade é diferente, pois os servidores têm de tirar do próprio bolso para manter seus materiais de trabalho” comparou Alexandre.


Como exemplo dessa realidade, o presidente do Sinapen contou uma das práticas, que não é permitida em nenhum presídio, mas que os agentes são obrigados a realizar para se proteger. “De forma geral os servidores que trabalham em instituições penitenciárias, não podem usar suas armas pessoais em serviço, sob pena de perde o objeto, porém no Amapá nós somos a obrigados a fazer uso desse armamento já que o Estado não fornece essa proteção” contou.


A categoria afirmar não entender por que o Governo se nega a fornecer os 15% pedidos pela categoria. “O Governador vem demonstrando através dos números que está fazendo diminuindo o valor necessário para manter o Iapen, e essa queda de orçamento chega a 3 milhões de reais, sendo que o aumento de 15% usaria apenas 1,5 milhões, ou seja, o verba está diminuindo, e o dinheiro extra não está voltando em forma de mais melhorias” contabilizou Alexandre.


Para tentar conseguir aliados nessa luta de classe, o Sinapen protocolou um documento no Ministério Público Estadual, pedindo fiscalizações nos ambientes de trabalho, porém segundo Alexandre a classe não recebeu nenhuma resposta e por não ter com quem contar, a categoria se reunirá nessa sexta-feira (01) para votar o movimento de greve que deve ser instaurada na próxima semana, dia (07).
Por Anderson Calandrini da Redação

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