Após uma rodada
de negociações com o secretário de justiça e segurança pública, Marcos
Roberto, o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinapen) anuncia que a
categoria votará o movimento de greve ainda essa semana.
Segundo
Alexandre Soares, presidente do sindicato, a categoria está se sentindo
desvalorizada por conta do aumento de 2% que foi feito a classe. “Nós
estamos nos sentido desvalorizados, pois realizamos um trabalho
essencial, mesmo com todas as faltas de materiais, conseguimos mudar a
realidade do Instituto Administrativo Penitenciário (Iapen), e recebemos
um aumento mínimo de 2%, ou seja, uma bela forma de valorizar o
servidor” ironizou.
O representante do Sindicato foi mais além e
convidou o Governador do Estado do Amapá, Camilo Capiberibe para visitar
as dependências do Iapen e ver a que condições os servidores estão
sendo colocados. “E se depois disso ele achar que o salário é
suficiente, quero que passe a receber essa quantia todo mês, para que
depois diga se consegue sobreviver e levar uma vida digna” acrescentou.
Alexandre
repassou a reportagem do Jornal do Dia, que o secretário Marcos
Roberto, afirmou, em reunião, que esse aumento faz parte do projeto do
Governo que busca equiparar todos os salários dos servidores estaduais
de ensino médio.
“Mas fazendo isso, eles não estão respeitando a
constituição que afirma o valor diferenciado, que deve ser aplicado em
casos de atividades com alta periculosidade, que é o caso dos servidores
do Iapen, ou seja, devem dar um maior auxílio a esses profissionais que
estão diariamente em situação de insalubridade” contou Alexandre.
A
categoria ainda afirmou que em meio à negociação não houve o repasse de
garantias, que pudessem refletir no pagamento das progressões e do
retroativo, que está atrasado desde 2009, nem garantias do auxílio
fardamento que é um direito que não funciona segundo Alexandre.
“Em
todos os outros estados, além do servidor ser valorizado, com bons
salários, os mesmo ainda contam com esse auxílio e outros que ajudam o
mesmo a levar uma vida mais digna, mas no Amapá essa realidade é
diferente, pois os servidores têm de tirar do próprio bolso para manter
seus materiais de trabalho” comparou Alexandre.
Como exemplo dessa
realidade, o presidente do Sinapen contou uma das práticas, que não é
permitida em nenhum presídio, mas que os agentes são obrigados a
realizar para se proteger. “De forma geral os servidores que trabalham
em instituições penitenciárias, não podem usar suas armas pessoais em
serviço, sob pena de perde o objeto, porém no Amapá nós somos a
obrigados a fazer uso desse armamento já que o Estado não fornece essa
proteção” contou.
A categoria afirmar não entender por que o Governo
se nega a fornecer os 15% pedidos pela categoria. “O Governador vem
demonstrando através dos números que está fazendo diminuindo o valor
necessário para manter o Iapen, e essa queda de orçamento chega a 3
milhões de reais, sendo que o aumento de 15% usaria apenas 1,5 milhões,
ou seja, o verba está diminuindo, e o dinheiro extra não está voltando
em forma de mais melhorias” contabilizou Alexandre.
Para tentar
conseguir aliados nessa luta de classe, o Sinapen protocolou um
documento no Ministério Público Estadual, pedindo fiscalizações nos
ambientes de trabalho, porém segundo Alexandre a classe não recebeu
nenhuma resposta e por não ter com quem contar, a categoria se reunirá
nessa sexta-feira (01) para votar o movimento de greve que deve ser
instaurada na próxima semana, dia (07).
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