Aposentadoria
por invalidez permanente
Câmara
aprova ganhos integrais

O
objetivo da proposta é que todos os que foram aposentados por invalidez
permanente — que tenham ingressado no serviço público até 31 de dezembro de
2003 — tenham garantidos os benefícios adquiridos pela carreira dos servidores
em atividade, ou seja, a paridade de salários. Em alguns casos, os servidores
podem ter aumento de até 50% nos provimentos.
A PEC acrescenta o Parágrafo 9º ao Artigo 40 da Constituição, que trata das regras para a aposentadoria dos servidores civis federais, estaduais ou municipais.
Para a autora da PEC 270/08, Andreia Zito (PSDB), a aprovação é um ato de humanidade e vai permitir o resgate da dignidade aos servidores que já sofrem o suficiente pela doença. “Eles não precisam de mais essa dor. Basta pesquisar um pouco a situação de penúria e desespero em que se encontram esses servidores, para se ter uma ideia do que estou falando”.

Diferença - Para o relator da PEC, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), não faz
sentido essa diferença de regra. “As razões que justificam a aposentadoria por
invalidez são as mesmas, independentemente do regime”, argumentou.
Teixeira acrescentou que a aposentadoria por invalidez integral foi retirada do
servidor público “numa época de acirramento da ofensiva neoliberal”.
Por sugestão dos deputados Policarpo (PT-DF) e Benedita da Silva (PT-RJ), os
integrantes da Comissão de Seguridade Social vão procurar o presidente Marco
Maia, o líder do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP), e os líderes partidários
para pedir que a PEC seja incluída na pauta do Plenário. A proposta foi
aprovada por comissão especial em novembro de 2009, mas até hoje não foi
incluída na pauta por falta de acordo entre os líderes.
Finanças - O secretário do Ministério da Previdência informou que, para a União, o impacto financeiro da PEC seria de R$ 1,1 bilhão anuais, sem o pagamento retroativo. Com o pagamento, o impacto poderia ser bem maior, o que preocupa o governo, assim como os estados e municípios.
O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Anfip),
Jorge César Costa, defendeu a PEC pelo ângulo do conceito da seguridade. “A
previdência é um contrato de seguro, foi feita para proteger o trabalhador, não
pode desampará-lo”, argumentou. Já o secretário-geral da Confederação dos
Trabalhadores no Serviço Público Federal, Josemilton Maurício da Costa,
defendeu a permanência do caráter retroativo.
Fonte: Câmara Federal.
Fonte: Câmara Federal.
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