segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Nota de REPUDIO, informe e esclarecimento a toda categoria e a população amapaense que o SINAPEN não compactua com as informações divulgadas pelo jornal “AGAZETA” no caderno “Polícia”, dos dias 02 e 03 de dezembro de 2012, referente ao Sistema Penitenciário Amapaense e em específico aos Agentes Penitenciários.
O Sindicato dos Agentes e
Educadores Penitenciários do Amapá – SINAPEN-AP, REPUDIA, informa e esclarece a
toda categoria e a população amapaense que não compactua com as informações
divulgadas pelo jornal “AGAZETA” no caderno “Polícia”, dos dias 02 e 03 de
dezembro de 2012, referente ao Sistema Penitenciário Amapaense e em específico
aos Agentes Penitenciários, que diz “inclusive, de agentes penitenciários, que estariam fazendo
"vistas grossas" na fiscalização” de presos que estão alojados na
área externa do IAPEN – (Pocilga, Aviário, Pecuária e Horta). Onde nesta área
os internos são destinados a se alojarem e a trabalharem após uma avaliação
criteriosa, e que também esses presos já estão quase a um passo de estarem em
liberdade condicional.
È Bom Esclarecer que os presos das áreas da (Pocilga,
Aviário, Pecuária e Horta) são fiscalizados rigorosamente pelos agentes penitenciários
do Plantão, pois são feitas rondas periódicas e em horários alternados, sendo
que quando é constatada a evasão de internos é registrado em livro de
ocorrência e eles são considerados como foragidos de justiça, sendo que é
impossível apenas um ou dois agentes penitenciários estarem em prontidão 24 hrs
para todos os quase 30 apenados que se encontram na área externa do IAPEN,
devido a falta de contingente e estrutura.
Desse modo, não podemos esperar o
pior incidir na penitenciária de nosso Estado. O Governo deve, com urgência,
resolver o impasse do sistema prisional para, assim, evitar problemas vindouros
advindos de Falta de estrutura da Penitenciaria de Segurança mínima
“Semi-Aberto”, onde nem sequer tem murro de limitação de segurança que possam
impedir que presos possam se evadir do trabalho externo. Para tanto deve haver a
construção de uma penitenciaria fora do ambiente urbano ou de uma muralha de
proteção e limitação para que os presos não tenham acesso aos bairros vizinhos
do IAPEN, ou ate mesmo o termino das obras das penitenciarias de segurança
máxima e do anexo II (ou outra nomenclatura que o Governo prefira) da
Secretaria da Justiça e Segurança Publica. Só assim para que se tenha uma
solução das mazelas que se encontra o sistema penitenciário amapaense.
Sendo assim o trabalho
desenvolvido nas
áreas (Pocilga, Aviário, Pecuária e Horta), tem por
função social da pena privativa de liberdade é que, durante o seu cumprimento,
o(a) interno(a) possa ser readaptado à sociedade, passando por uma reforma
íntima de modo que possa evoluir como pessoa e retorne ao convívio social
melhor do que era antes do cometimento do crime.
Preocupa-nos, sobremaneira que
enquanto o Departamento Penitenciário Nacional –DEPEN recomenda a construção de
penitenciaria fora do ambiente urbano, o Governo do Amapá vem desrespeitando
explicitamente a Lei de Execução Penal - LEP - 7.210/84 no Art. 90 – diz que - A penitenciária de homens será
construída em local afastado do centro urbano a distância que não restrinja a
visitação.
“A prisão, enquanto lugar de
cumprimento de pena restritiva de liberdade, constitui-se de edificação
construída com meios os mais diversos para evitar sua fuga ou evasão tais como:
paredes grossas e reforçadas, isolamento do meio urbano, grades, cercas,
vigilância constante, rigidez de disciplina interna, divisão em celas, etc”.
Somos contra essas mazelas que
dia após dia o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Amapá luta.
Somos contra o silêncio dos
governantes, frente às venenosas condições que se encontram os servidores do
Sistema Penal, que combatemos esse bom combate; ate porque o Sistema Penitenciário está
funcionando sem autonomia financeira com uma gestão completamente
sobrecarregada, sem poder fiscalizar as obras, obras que estão sendo proteladas
a mais de 05 anos sem inauguração.
E, por fim, somos contra o
silêncio do governo em relação que a Secretaria de Estado de
Justiça e Segurança Publica (Sejusp) tem fechado os olhos para os problemas. “Eles
fogem da responsabilidade, e simplesmente fingem que a realidade não existe”.
“No entanto, não vimos nada de
concreto ser feito nesse período. Tivemos paciência e contribuímos bastante com
o Governo do Estado para mantermos o sistema funcionando. Mesmo com todas as
deficiências, como falta de estrutura adequada, os agentes penitenciários se empenham
diariamente e arriscam suas vidas em prol do Sistema Penitenciário, mas,
infelizmente, não estamos vendo a contrapartida”
E afirmamos que continuaremos a
cumprir nosso papel de vigilância e custódia da pessoa reeducanda no Sistema
Penitenciário durante a execução da pena de prisão, entretanto, jamais iremos
ser coniventes com descomprometimento demonstrado pelo Poder Executivo
Estadual.
Ademais afirmo que o silêncio não
extingue a verdade dos fatos.
Alexandro Soares
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