terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Agente penitenciário denuncia fragilidade na segurança do Iapen.


A falta de equipamentos para trabalhar e a fragilidade do sistema penitenciário está preocupando os agentes penitenciários do pavilhão conhecido como “cadeião” do Iapen. Um funcionário da Penitenciária, que preferiu não ser identificado com medo de represálias, afirma que falta contingente e diariamente ele e outros colegas sofrem ameaças dos detentos. “É humanamente impossível fiscalizar 1.800 presos com apenas 15 agentes, pois temos que suprir todos os postos de trabalho, escoltas para o interior, e inclusive o da área administrativa. Além disso, somos ameaçados e a gente sai de casa com medo de não voltar. Sabemos que existem armas de fogo dentro das celas e não temos equipamentos de segurança suficientes como coletes balísticos para entrarmos para realizar as trancas dos presos”, revela o agente penitenciário.

Ele ainda enfatiza que não acontecem fugas e outros problemas com frequência porque os próprios detentos colaboram. “O sistema prisional é feito mais ou menos com acordo de cavalheiros para que não aconteça uma coisa pior”. Atualmente, se o preso quiser fugir quebrando apenas a muralha que é feita de tijolos, não teríamos como impedi-los devido à falta também de efetivo de agentes penitenciários, hoje quando se tem um evento (missa, culto, programação) dentro do Cadeião somos convocados a dar apoio sem termos remuneração, disse ele.

Procuramos o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional do Amapá, Alexandro Soares, e disse que a Administração teve avanços significativos, comprou Armamento para termos mais um pouco de segurança, mais infelizmente não temos coletes balísticos, e por falta de recursos não iremos mais comprar neste ano de 2012, não temos Câmeras de vídeo para um Sistema de Monitoramento Eletrônico e nem sistema de informação da penitenciaria para identificar quem entra e quem sai da penitenciaria estadual, faltam bloqueadores de celular, Aparelho de Raio – X e detectores de metais mais modernos, tudo isso para garantir uma melhor vigilância e segurança na penitenciária estadual.

 (Aline Kaiser)

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