sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Iapen-AP - Mesmo com sérios problemas, direção do Iapen diz que sistema está avançando. O diretor do IAPEN afirma que denúncias feitas por um agente penitenciário não condizem com a realidade daquela casa prisional.

Fonte: http://www.jdia.com.br/pagina.php?pg=exibir_not&idnoticia=58770

O diretor do Instituto de Administração Penitenciária do estado do Amapá (Iapen), afirma que denúncias feitas por um agente penitenciário não condizem com a realidade daquela casa prisional. Nixon Kennedy garante que existem sim problemas dentro da instituição, mas alega que a maioria já foi solucionada.“Nós temos ainda diversos problemas aqui dentro, mas a questão de investimento no Iapen ocorreu e continua ocorrendo”, assegurou.

Conforme a denúncia do servidor que preferiu não se identificar, publicada na edição do Jornal do Dia na última terça-feira (11), somente quinze agentes eram responsáveis pela segurança diária da penitenciária, que comporta atualmente quase dois mil apenados. Outra acusação era de que não havia equipamentos suficientes para os trabalhadores, e os que tinham estavam defasados, segundo o denunciante.

Nixon rebateu as afirmativas e garantiu que as declarações eram inverídicas. “Houve um acréscimo no número de servidores do Iapen em mais de 40%. Nós tínhamos 407 agentes, e hoje nós temos 706, agentes e educadores. Então é um acréscimo muito considerado. Nós temos somente no plantão do prédio principal cerca de 50 agentes trabalham diariamente. Há plantões que esse número é até superior”, disse o diretor.

Ainda segundo Kennedy, ao longo de sua administração foram feitas aquisições e investimentos para o melhoramento da qualidade de vida dos apenados e servidores daquela instituição. “A indolência no investimento do Iapen por todos esses anos gerou uma dificuldade muito séria na segurança. Mas agora as coisas estão se resolvendo. Nós já conseguimos adquirir capacetes e escudos balísticos que não existia na instituição.Armamentos como pistolas, carabinas e fuzis eram equipamentos cedidos pela polícia civil e militar, e eram materiais em estados desgastados.Nenhum desse material existia no nome da instituição e agora nós já temos nossos mesmos. Fizemos a aquisição de rádios comunicadores, pois nisso nós tínhamos aqui uma deficiência.Compramos colchões, centrais de ar, computadores para as atividades administrativas e dez viaturas novas, além da reformar de alguns veículos que tínhamos. Compramos também 13 mil munições que foram inclusive utilizadas no curso oferecido aos servidores”, declarou Nixon.

Ele alegou também que no último ano houve uma redução significativa no número de fugas, comparado aos anos anteriores, e atribui isso a série de investimento que vem acontecendo na instituição, e à conduta mais comprometida dos servidores daquela casa.A direção do Iapen comemora ainda um ano e quatro meses sem o registro de nenhum óbito. “Estamos há um ano e quatro meses sem mortes aqui dentro do Iapen.Isso nunca ocorreu.Essa instituição nunca ficou sem mortes durante um ano. Tiveram anos em que morrem 22 apenados.Inclusive semanalmente registravam mortes. São vidas que estão sendo preservadas. É a custódia judicial que está sendo assegurada com regularidade, com o cumprimento da lei de execuções penais. Isso é resultado de investimento na alimentação.Nas condições de vida”, relembrou Kennedy.

Diversas benfeitorias foram lembradas pela atual direção do instituto. Uma delas foi à criação do Centro de Custódia Especial para Servidores da Segurança, e a criação do canil do Iapen, que segundo Nixon Kennedy uma unidade ostensiva para a detecção de drogas, armas e outros materiais ilícitos que são repassados para dentro da penitenciária, além da institucionalização do Grupo Tático Prisional, o GTP, e a reforma de alguns centros.

“O centro de custodia é um ambiente seguro para o servidor da segurança que caso venha a ser condenado, fora da área da penitenciária, e longe do preso comum”, disse o diretor.

A criação do corpo técnico do Iapen composto por advogados, assistentes social, psicólogos, e outras especialidades, e a criação de cursos específicos para formar novos integrantes para a unidade prisional, foram mais uma das vitórias conquistadas pelo gestor,que no momento está na eminência da nomeação de oito médicos do grupo prisional para assistir os reeducandos. “Hoje é um número de 22 integrantes que estão no curso de formação. Eles integrarão um grupo de 36 já existentes. Então serão 55 servidores do GTP que é uma unidade, uma divisão especifica para atuar em ambientes de situações graves como motins, rebelião, escoltas de alto risco. Antes não tinha essa qualificação e hoje tem”, expôs.

O diretor contou ainda que cerca de 70agentes penitenciários estão participando de um curso promovido pelo Iapen sobre armamento e manuseio de arma de fogo, com aulas ministradas pelo próprio Nixon Kennedy. “São treze turmas na verdade. Foi um investimento feito na qualificação do servidor, o que não acontecia há muito tempo.

Eles receberão certificados da instituição, da escola penitenciária que é uma nova unidade criada em 2012, voltada exclusivamente ao servidor. Nessa escola nós temos um psicólogo para atender o servidor. Esse tipo de serviço não existia na instituição. São servidores que trabalham num ambiente difícil, hostil, tem um desgaste automático”, exaltou.

Outro fator que o diretor fez questão de enfatizar foi às providências tomadas ao longo de 2012, como a transferência de apenados considerados de alta periculosidade para as cadeias federais de segurança máxima dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul.

Para finalizar, Nixon Kennedy declarou que o maior problema enfrentado hoje no Iapen é a super lotação.
Por Elen Costa

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