"Nós honramos nossa farda"
"É uma sensação de alívio, de dever cumprido,
porque conseguimos colocar atrás das grades mais um bandido, e outros ainda
virão. Mais uma vez o bem vence o mal", afirmou o cabo André Souza, do Batalhão
de Choque da Polícia Militar (BPChoque) sobre a operação que prendeu o traficante
Antonio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tráfico da Favela da
Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira
(10).
Para o cabo Souza, essa foi uma das operações mais importantes de que
participou em seus nove anos na corporação. "Se não foi a mais importante, foi
uma das mais importantes, como a tomada do Alemão, da qual também participei. (A
ação que prendeu Nem) É uma das mais marcantes até pela situação de suborno.
Mostramos que quem veste essa farda honra essa farda", afirmou.
Segundo o agente do BPChoque, os advogados do traficante tentaram subornar os
policiais, parando o carro duas vezes no trajeto entre a Zona Sul do Rio e a
sede da Polícia Federal, para onde os presos foram encaminhados. "Ele disse que
o que tinha na mala valia R$ 1 milhão. Era só aceitar que mandaria vir o
dinheiro. Nós honramos nossa farda", acrescentou.
"Vimos que o carro estava balançando muito, quando abrimos a mala do carro,
encontramos o Nem", contou o cabo Souza, acrescentando que o traficante "não
esboçou reação e foi algemado de imediato".
O traficante Nem e os outros presos na operação
policial na Zona Sul do Rio na noite de quarta e madrugada de quinta-feira foram
transferidos
para o presídio de Bangu, na Zona Oeste, nesta tarde.
O governador Sérgio Cabral afirmou que vai pedir ao
Ministério da Justiça a transferência
de Nem para um presídio federal. Além disso, Cabral anunciou nesta quinta
que a ocupação
da Rocinha será concluída até domingo.
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