sábado, 12 de novembro de 2011

ORIGEM DOS COMPLEXOS PENITENCIÁRIOS.



Depois da 2ª guerra, depois dos escândalos dos campos de concentração nazistas, vários países criaram um sistema penal mais "humanizado"...

Nascia aí o conceito de "Complexo" prisional. Um lugar onde todos seriam atendidos por tudo. Assistência jurídica, médica, educacional, uma “humanização dos presídios” etc...

O grande erro que cometeram foi juntar num mesmo lugar diferentes tipos de criminosos. O que ocorria nesses "complexos" era o intercâmbio de informações criminosas.

No Brasil o maior exemplo foi a Casa de Detenção de SP (Carandiru) que terminou em uma rebelião com o massacre de 111 presos mortos, e depois a demolição do "Complexo".

Outro exemplo foi o presidio Candido Mendes (Ilha Grande) Onde se juntou criminosos comuns com guerrilheiros; Originando o Comando Vermelho, 3º Comando, Amigos dos amigos e por aí vai.

O IAPEN está historicamente atrasado reproduzindo uma filosofia ultrapassada e comprovadamente perigosa.

O "Cadeião" é um complexo de prisões com dezenas de tipos de criminosos trocando (vamos dizer) "Ideias" entre si.

“A "Faculdade do Crime". O preso quando sai daqui deveria receber um diploma: Vai praticar nas ruas o que aprendeu na teoria no IAPEN”.

Pois mais de 70% dos presos que sai da Penitenciaria retornam por outros delitos mais grave.

“Devemos FRAGMENTAR o Sistema separando os variados graus de perversidade criminosa. Impedindo que frutas podres contaminem outros que ainda tem alguma esperança”.

Tudo que escrevi aqui está na LEP. Chama-se "Individualização da Pena".

Em quase dez anos que trabalhamos no Sistema Penitenciário Amapaense não tivemos um administrador que tenha entendido esta diretriz da Lei de Execução Penal.

Os Últimos Gestores que passaram pelo IAPEN “viram” a instituição apenas como um "Depósito de Presos" só se preocuparam em privar a liberdade dos internos sem dar atenção aos outros direitos que são garantidos aos apenados. Misturando todo tipo e grau de criminosos.

E quando se preocuparam só atenderam um parcela de uns 10% da população carcerária.

Quem paga (e paga muito CARO) é a sociedade que recebe diariamente uma leva de presos libertos e refinados na arte da maldade. Este é o "Desserviço" proporcionado por este sistema prisional arcaico.

Então, "Piso de Concreto e outros sistematizações estruturais" é pouco para evitar a disseminação das práticas criminosas no ambiente prisional.
Obs.: Escrito por um servidor indignado pela precariedade do sistema penitenciário Amapaense.

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