No ano de 2001 a população carcerária era de 583 presos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá. Haviam 188 agentes penitenciários e 30 educadores na instituição sem contar que tinhamos pra mais de 200 PMs. Hoje, no entanto, existem mais de 1900 presos para 328 agentes penitenciários e 54 educadores.
Somando aos problemas estruturais está a periculosidade e o estress relacionados a profissão. A medicina do trabalho declarou a profissão de agente penitenciário é a mais esstressantes do mundo e a segunda mais perigosa. " É uma profissão de tensão total. O agente é o mais vunerável no
caso de uma rebelião. E, diga-se de passagem, uma moeda de troca muito fraca.
............Sabemos
que o iapen no passado era uma colônia agrícola e com a demanda da
criminalidade teve adaptações e nunca se pensou ter estrutura para o total de
presos o que tem hoje,. “Criaram a autarquia, mas não deram autonomia e
recursos para se estruturar físicamete.” ................A estrutura física está completamente
comprometida, (presos fogem apenas quebrando a muralha que foi feita de
cimento é tijolos; não possui nenhuma estrutura de proteção pós muralha, e nem
sistema de vigilância e de monitoramento, as guaritas estão apresentando
rachaduras, as celas sem higiene necessária , presos dormem no chão em meio aos
ratos, esgoto a céu aberto a nossa preocupação é que se hoje temos 1600 presos so no cadeião
imaginem daqui ao 05 a 10 anos teremos uns 03
a 05 mil presos no cadeião que esta no centro da cidade.
Apesar do efetivo reduzido de Agentes
Penitenciários e dos esforços empreendidos por essa categoria para manter a
disciplina e a segurança no IAPEN, ainda assim são criticados por quem
desconhece o serviço. Por quem conhece o Sistema somente de um gabinete e, não
sabe o que é exercer um trabalho estressante e sob pressão de presos. Além
disso, não são reconhecidos de maneira digna pelo poder público estadual.
Para Alexandro Soares,
Se
estas "ilicitudes" são cometidas pelo Estado, é o Estado que deveria
ser denunciado, processado, julgado e penalizado e não o cidadão e os agentes
e educadores penitenciarios que arriscam a vida para cumprir e manter funcionando o sistema penitenciário desta forma precária. O
Estado tambem não tem o direito de amontoar presos em cadeias e celas imundas, como não tem
direito de colocar o povo em risco.
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