sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O BRASIL PRECISA OLHAR COM ATENÇÃO PARA A CATEGORIA DOS SERVIDORES PENITENCIÁRIOS.


O BRASIL PRECISA OLHAR COM ATENÇÃO PARA A CATEGORIA DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS.





Por mais que se dotem os presídios de aparatos tecnológicos de última geração com o objetivo de coibir a prática criminosa dentro das muralhas sob a guarda do Estado, nunca se chegará à plenitude da segurança. Como se viu no recente caso ocorrido na penitenciária de Flórida Paulista, o fator humano ainda é preponderante nas situações em que os bandidos conseguem furar as barreiras impeditivas tentadas pelo Estado.

As máquinas podem funcionar bem e ser incorruptíveis. No entanto, o problema ocorre quando o sistema apresenta algum tipo de falha humana. O ser humano estará sempre sujeito a corromper e a ser corrompido. Cabe ao Estado aprimorar os instrumentos de controle sobre o pessoal que atua em funções tão importantes e estratégicas para garantir a segurança da população. Porém, não é só cobrar responsabilidades.


O Estado precisa olhar com atenção para a categoria dos agentes penitenciários. Os profissionais da área merecem todo o respeito do governo, para que possam desempenhar suas atividades cotidianas com afinco e com a qualidade que a população deseja. Desvalorizada, a categoria corre o risco de ficar exposta à perspicácia dos criminosos, que buscam se infiltrar em todos os meios possíveis para exercerem influência e poder na prática das ilegalidades que lhes interessam.

A desvalorização da classe dos agentes penitenciários não interessa à sociedade. Tal desvalorização é comemorada pelos bandidos, que vêem na omissão e no descaso do Estado a brecha que vai lhes permitir articular os seus tentáculos direcionados ao crime. QUALQUER SISTEMA TECNOLÓGICO DE SEGURANÇA, POR MAIS MODERNO E POR MAIS PERFEITO QUE POSSA PARECER, SERÁ SEMPRE GERENCIADO POR UM SER HUMANO. POR TRÁS DE TODA MÁQUINA, HAVERÁ SEMPRE UM SER HUMANO NO CONTROLE.

Portanto, o governo Brasileiro tem de olhar para o ser humano, na figura dos agentes penitenciários, se quiser garantir a segurança dos presídios, que são muitos em nossa região. Salários decentes e condições de trabalho dignas são o mínimo que o Estado deve fazer para que os agentes penitenciários se sintam honrados nas suas funções (arriscadas, diga-se de passagem). Esperamos que situações como a flagrada no último fim de semana em Flórida Paulista, em que um funcionário foi preso acusado de facilitar a entrada de telefones celulares na penitenciária, fiquem restritas a casos isolados.

O Estado tem de punir com rigor os desvirtuamentos das funções públicas, até porque a sociedade pensa estar pagando para contar com os serviços de gente honesta e acima de qualquer suspeita. A expulsão da vida pública é o mínimo que se pode fazer em casos tão evidentes de corrupção. Mas, como forma preventiva, não se pode deixar de lado a valorização do ser humano que veste o uniforme do Estado e carrega no peito a bandeira do poder público.

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