sábado, 3 de novembro de 2012

União não sabe nada de facção criminosa, diz secretário de segurança do estado de Sao paulo "Não conhecem nada de facção criminosa, não passam perto de um presídio. Quem tem informação de presídio é quem atua lá, a Secretaria da Administração Penitenciária."

Fonte: FOLHA UOL DE SÃO PAULO
 
O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, reafirmou ontem que nenhuma ajuda foi oferecida pelo governo federal para combater a violência e que a União não pode oferecer nada que o Estado já não tenha.
 
Segundo ele, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, fez a ele só "uma visita de cortesia" em junho deste ano. "Não ofereceu ajuda. Se tivesse oferecido, por que eu iria dizer que não ofereceu?"
Para ele, o que o governo federal pode oferecer é inteligência. "E sobre inteligência, nós já temos um relacionamento há muito tempo, de troca de informações com a Polícia Federal", afirmou.
 
Ressaltou, porém, que "damos muito mais informação a eles do que dão a nós". "Não conhecem nada de facção criminosa, não passam perto de um presídio. Quem tem informação de presídio é quem atua lá, a Secretaria da Administração Penitenciária."
 
Ele rebateu declaração dada ontem por Cardozo de que o ministério não é um banco para financiar projetos de segurança pública apresentados este ano pelo Estado, no valor de R$ 148 milhões.
 
"Não achamos que lá é a Casa da Moeda, porque, em outros segmentos, especialmente na habitação, o governo de SP é quem dá a maior parte dos investimentos para a construção de moradias."
 
Em nota oficial, o Ministério da Justiça disse que, "em diversas oportunidades, ofereceu apoio ao Estado na área de segurança pública".
 
A proposta foi elaborar um plano conjunto de ações de "combate ao crime organizado e à criminalidade violenta, a exemplo do executado por Estados, como Rio e Alagoas, cujos índices de criminalidade, nas áreas focadas, reduziram drasticamente".
 
A nota diz, ainda, que "não cabe ao ministério ser um mero repassador de recursos financeiros para substituir o custeio ordinário de ações na área de segurança". "O Orçamento do Estado de SP é um dos maiores do país", afirma.

ofício
 
O ministério diz que enviou ontem ofício ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) "em que manifesta, mais uma vez, a intenção de que seja pactuado um plano integrado de segurança pública, com compartilhamento de dados de inteligência e oferecimento de vagas nos presídios federais, para abrigar líderes de organizações criminosas".
 
O ministério afirma ainda que é "inaceitável, além de inverídica, a afirmação de que a elevação da violência em São Paulo deriva do descontrole nas fronteiras".
 
Em nota, o governo informou à noite que não havia recebido o ofício, mas que, "assim que o receber, adotará todas as providências para intensificar a cooperação no combate ao crime, inclusive no intercâmbio de informações para o aperfeiçoamento do controle das fronteiras".

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