quinta-feira, 15 de novembro de 2012

“Falta de oportunidades incitam novos crimes” juiz Andrade. Para ele a “ressocialização” é algo incerto, mas que o Estado precisa trabalhar para gerar resultados.

JORNAL DIARIO DO AMAPÁ- http://www.interjornal.com.br/noticia.kmf?cod=19264894

Alguns estudos mostram que a população carcerária, no Amapá, é jovem

Da Redação

“A reincidência no sistema penal é por falta de oportunidades àqueles que cometeram algum crime, seja ele de que natureza for”. É assim que vislumbra o atual momento do sistema carcerário amapaense o juiz da Vara de Execuções Penais do Amapá, Reginaldo Andrade.

O magistrado é coordenador do programa “Começar de Novo”, que foi lançado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2009. “O objetivo é sensibilizar os órgãos públicos e a sociedade civil para que ofertem postos de trabalho e cursos de capacitação profissional aos presos e egressos do sistema carcerário”, diz o juiz.

Atualmente o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) tem mais de 2,2 mil presos, segundo números do próprio juiz Andrade. Para ele a “ressocialização” é algo incerto, mas que o Estado precisa trabalhar para gerar resultados.

“Não temos como precisar, mas o percentual de presos que retornam ao sistema é muito grande. É preciso que haja, de fato e de direito, uma ação do Executivo para que essas pessoas possam ter uma nova oportunidade. Hoje nós tentamos ajudar nesse processo, que é competência, repito, do Estado. Mais a reestruturação do próprio sistema e a parceria dos governos com a iniciativa privada são fundamentais para darmos um importante passo à ressocialização”, relatou o magistrado.

Alguns estudos mostram que a população carcerária, no Amapá, é jovem. Maioria dos presos tem entre 20 e 30 anos de idade. Maioria deles, também, não concluiu o ensino fundamental. Por isso o foco do projeto Começar de Novo tem como tripé, fazer com que os presos concluam os estudos; sejam capacitados profissionalmente e tenham a oportunidade de serem inseridos no mercado de trabalho. Mesmo assim, o monitoramento deve ser permanente para evitar o regresso.

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