terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ministério Público Estadual ingressa com ACP contra o Estado


O Ministério Público do Estado (MP) ingressou uma Ação Civil Pública (ACP) na Justiça com pedido de Tutela Antecipada em desfavor ao Estado do Amapá, em razão do descumprimento à Recomendação que garantia a convocação dos aprovados no concurso público do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

De acordo com o promotor de Justiça Pedro Leite, que acompanha o caso, foi publicado em julho de 2010, o edital nº 001/2010, que estaria estabelecendo a norma de realização do concurso público para o Iapen, o qual previa um total de 100 vagas, destinadas aos cargos de educador social penitenciário.
No entanto, ele informou que o MP recebeu várias reclamações dos aprovados do concurso, devido à retificação do edital nº 002/2010, que alterou o número de vagas para 30, após iniciadas as inscrições para o referido processo seletivo.

“Essa alteração prejudicou os candidatos, pois os mesmos não puderam optar por outro cargo com maior número de vagas, nem sequer foram ressarcidos do valor referente à taxa de inscrição”, explicou Pedro Leite.

De acordo com as reclamações recebidas pelos aprovados, em janeiro deste ano, o resultado do concurso foi divulgado pela Secretaria do Estado de Administração (Sead) e, na oportunidade, o governador Camilo Capiberibe informou para a imprensa local que até o mês de março, todos os aprovados seriam convocados e ainda, publicou no Diário Oficial do Estado do Amapá, edição nº 4.901, a relação da lista de aprovados com os 100 primeiros colocados para o cargo de educador social penitenciário.

O MP-AP recomendou ainda a exoneração de pessoas contratadas pelo Governo do Estado sem concurso público, que estão trabalhando através de contratos administrativos, ocupando os mesmos cargos destinados aos concursados do Iapen que esperam a chamada para a nomeação e posse”, afirma o promotor.

Além disso, Leite relembrou as diversas inspeções realizadas pelo MP dentro do Iapen, as quais constatou -se a insuficiência no método de avaliação psicossocial dos reeducandos, tanto pela falta de capacitação dos assistentes sociais, quanto pela carência de pessoal para atender aos internos. “Ainda existem pessoas contratadas pelo GEA (Governo do Estado do Amapá) sem concurso público, que ocupam os mesmos cargos no IAPEN quando há uma extensa lista de concursados, esperando para serem chamados,” finaliza o promotor.

A ação foi ajuizada no dia 22 deste mês e ACP visa obrigar o Estado, por meio da SEAD, a convocar de forma imediata os 100 aprovados no concurso para o cargo de Educador Social Penitenciário, de nível médio, para a terceira fase do referido concurso público.

O MP aguarda a decisão do juiz, que pode deferir ou não a ACP. Caso defira, o governo tem que cumprir as etapas, de posterior nomeação e posse, no prazo de 48h, a contar da intimação da decisão concessiva da tutela antecipada, sob pena de multa diária.

Nenhum comentário: