domingo, 26 de junho de 2011

Audiência Publica do Sistema Penitenciario do Amapá, Prevista para o inicio do 2º semestre.


SISTEMA PENITENCIÁRIO DO ESTADO SERÁ DEBATIDO

NO PLENÁRIO DA ASSEMBLEIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Diretor do Iapen, Nixon Kennedy deve ser convocado. O objetivo será encontrar alternativas para melhorar as condições de trabalho dos agentes penitenciários e do próprio sistema de segurança, hoje, considerado pelas autoridades como "falho".

Se o dito for verdadeiro de que o retrato do que acontece atrás das grades de uma prisão é o espelho de uma sociedade, então, o amapaense já tem a resposta para as constantes queixas que faz nas ruas de Macapá sobre a falta de segurança. Fugas, pátios e celas superlotados e inseguros de um sistema praticamente "falido". O diagnóstico retrata um pouco da realidade da penitenciária estadual, próximo alvo dos deputados. O sistema carcerário será discutido em audiência pública, com data a ser marcada pelo parlamento.

A autora do requerimento, deputada Roseli Matos (DEM), quer entender a razão de tantas fugas da penitenciária estadual. Oficialmente foram registradas quatro fugas em 2011, com 41 presos recapturados dos 52 fugitivos. Os números são questionados, principalmente pela imprensa, por conta da falta de informação. Há quem diga que a quantidade de fuga é bem maior.
Para compreender a atual situação do sistema penitenciário do Estado, o parlamento deve convocar o diretor do Instituto Administrativo Penitenciário Estadual (Iapen), Nixon Kennedy. O objetivo será encontrar alternativas para melhorar as condições de trabalho dos agentes penitenciários e do próprio sistema de segurança, hoje, considerado pelas autoridades como "falho", e assim tentar minimizar as fugas.

Nos debates durante as sessões, os deputados questionam o avanço da violência no Amapá, principalmente na capital. Eles foram solidários a Sandra Ohana (PP), que teve a casa invadida por bandidos há duas semanas. Desde o início do ano, Macapá tem sido alvo perfeito para a ação dos marginais.

Quadrilhas especializadas espalham o terror na cidade, nem mesmo o quartel da Polícia Militar escapou da ação dos bandidos. A agência do Santander, instalada no Comando do PM, foi assaltada. Outras instituições financeiras, lojas e casas foram atacadas.A própria polícia já admitiu que alguns dos assaltos registrados na cidade foram praticados por presos foragidos da penitenciária.

O debate sobre o sistema penitenciário deve aumentar a pressão sobre o secretário de Segurança Pública, Marcos Roberto, um dos convocados pela Assembleia Legislativa. Os parlamentares cobram o programa desenvolvido pelo governo de combate à violência.

O principal discurso da Segurança Pública tem se baseado em justificar o aumento da violência a "falta de investimento pelo governo anterior". Mesmo falando em avanços na área, Marcos Roberto corre contra o tempo e contra os próprios números para conquistar a confiança de todos de que o planejamento estratégico desenvolvido pela atual gestão de combate a violência é eficiente.

Segundo informações do Ministério da Justiça,  hoje o valor gasto com cada preso custa R$ 1.800 para o estado.

Fonte: jornal agazeta

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