sexta-feira, 10 de junho de 2011

Agentes e Educadores Penitenciarios deflagram 1º dia de PARALISAÇÃO

INDICATIVO DE GREVE

 
Agentes penitenciários cobram melhores condições de trabalho.

Enfrentando uma série de irregularidades desfavoráveis nas atividades diárias, os agentes penitenciários do Amapá paralisaram suas funções na manhã de ontem. O indicativo de greve segue até domingo. Caso a direção não concorde com as reivindicações apresentadas pelos profissionais, os agentes entram em estado de greve geral a partir da próxima semana.

De acordo com a presidente do Sinapen, Alessandro Soares, o ambiente de trabalho e defasagens salariais contribuem incisivamente nos protestos naquele presídio. “Tudo isso se transformou em uma bomba. Aqui existe uma série de irregularidades. Nem sequer temos uma viatura e armas, o nosso contingente é pequeno para dá suporte para mais de dois mil detentos, estamos em uma situação difícil de conviver”, disse.

Segundo Alessandro, a alimentação dos agentes é a mesma oferecida aos detentos, reforçando a péssima qualidade das refeições. “Não importa que seja do detento ou não a mesma alimentação, mas a nossa r3efeição é de péssima qualidade, não temos nenhum espaço para alimentação, inclusive para quem tira serviço no anexo feminino, o almoço é transportado na caçamba de um carro. Já foi encontrado até barata dentro da refeição”, assegura Soares.

Durante a semana, a classe procurou junto a Assembléia Legislativa, o apoio para a execução dos projetos de Leis que dispõe sobre o pagamento do Poder Executivo sobre o auxilio alimentação. Deve ser pago mensalmente aos agentes penitenciários o valor de R$ 240.

De fora

Alessandro enfatiza que a classe sofreu um duro golpe da Secretaria

Estadual de Segurança Pública (SEJUSP) que retirou a classe do Projeto de Qualidade de Vida, exclusivo aos servidores da segurança pública estadual. “O secretário simplesmente nos tirou do Projeto, queríamos saber em qual a classe o agente penitenciário pertence, porque não aceitamos essa posição, foi um erro gravíssimo”, indagou o sindicalista.

Transporte

O deslocamento diário de detentos só é possível com o auxilio das ambulâncias, já que os veículos exclusivos para o transporte estão sem condições de uso. Segundo Alessandro, os carros ou sucatas, podem ser vistos parados na oficina do Instituto. “Não tem condições para nada, estão parados e nada esta sendo feito, e ainda somos obrigados a acompanhas os detentos sem nenhum tipo de segurança dentro do carro”, conta.


Segurança

Com um contingente de 320 agentes, o Instituto possui apenas três coletes balísticos. Contudo, para cada plantão no local, é necessária a presença de pelo menos dez agentes. “Os agentes trabalham sob forte pressão, não temos segurança nenhuma, estamos sempre expostos a qualquer tipo de situação, não da para trabalhar dessa forma, o local que abriga o trabalhador não tem estrutura nenhuma”, esclarece.

Reforço negado

Na tentativa de desafogar a intensa jornada de plantões da classe, o Sinapen exigiu junto a SEJUSP que convocasse pelo menos 400 aprovados do último concurso para Iapen. Contudo, foram chamados 200 classificados, contrariando o desejo do sindicato.

Alessandro reforça que o secretário de Administração Sebastião, teria informado que não convocaria mais ninguém para o preenchimento das vagas. “Mesmo com os 200 novos agentes, o número não corresponde as necessidades da classe, a pressão não muda em nada e ainda vão inaugurar outros pavilhões para piorar ainda mais a pressão no trabalho”, concluiu.

Em breve, o GEA deve finalizar a conclusão de dois pavilhões, além de anunciar a inauguração de um centro do IAPEN, onde deve comportar celas especiais, localizado no bairro do Zerão.

Por Franck Figueira Da reportagem

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