quinta-feira, 18 de abril de 2013

Chefões do crime no Amapá vão passar mais um ano em prisão federal


Segurança máxima


Os três presos considerados de alta periculosidade no Presídio Federal de Campo Grande, cumprem pena em regime fechado por crimes como assalto, tráfico de drogas e assassintos


Da Redação em 18/04/2013

Foto: Divulgação

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Criminosos amapaenses ficarão mais um ano no Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande
O Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), obteve autorização da Justiça Federal para manter, por mais um ano, três presos do Amapá considerados de alta periculosidade no Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul (MS). A. C. S., o "Douglas do Iapen", A. L. V. F., o "Andrezão", e R. S. T., o "Rorro", cumprem pena em regime fechado por crimes como assalto, tráfico de drogas e assassintos.
A transferência dos presos aconteceu em março do ano passado e já havia sido pedida  há mais de um ano. As penas dos detentos variam de 26 a 54 anos de prisão.Mesmo tendo há mais de seis anos ao seu dispor vinte vagas em presídios federais, o Amapá não havia utilizado o benefício. 
Para a Polícia, a manutenção dos presos fora do Amapá ajuda a desarticular o provável esquema de criminalidade no interior do Iapen. Há indícios de que os três presos exerciam posição de comando dentro e fora da penitenciária amapaense.
O pedido de transferência dos presos, ajuizado em janeiro do ano passado pelo Iapen, foi autorizado em 14 de dezembro de 2011 pelo juiz federal Dalton Igor Kita Conrado, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul. Cinco dias depois, no entanto, uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Amapá, negou a transferência. Inicialmente, o pedido fazia referência a doze detentos amapaenses.
No dia 28 de março de 2012, o juiz Reginaldo Gomes de Andrade, da Vara de Execuções Penais do Estado, autorizou a transferência dos presos. Eles embarcaram com destino a Campo Grande, com previsão inicial de permanência de 360 dias.
O prazo cautelar preconizado pela lei poderia ser prorrogado por mais um ano, conforme o fez o diretor do Iapen, delegado Nixon Kenedy. A autorização para a permanência dos presos foi emitida no último dia 4 de abril, pelo juiz federal Dalton Igor Kita Conrado, atual corregedor do Presídio de Campo Grande.
"Esse presídio federal é de apoio aos estados. O preso que vai para lá, vai por um certo período, não para cumprir definitivamente a sua pena. Mas, se ao final dos 365 dias acharmos necessário, podemos pedir a prorrogação do prazo. E foi o que fizemos", reforçou Kenedy.
Ele informou que a possibilidade de transferência dos presos surgiu quando, observadas as suas articulações dentro da penitenciária, o que colocou em risco a integridade física dos demais apenados e funcionários da cadeia. 
Na Prisão Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, por onde passaram o megatraficante de drogas colombiano, Juan Carlos Ramíres Abadía, e o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar, há limitações de acesso ao banho de sol e a visitas da família e advogados, e restrições com relação à entrada de alimentos ou quaisquer outros utensílios na cadeia. Os três presos amapaenses cumprem pena em celas isoladas.

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