segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Trabalhos produzidos por internos do Iapen fazem sucesso na 50ª Expofeira

Da Redação
Agência Amapá
Gabriella Figueiredo, Wanilson Sá e Tércio Araújo são os funcionários que recepcionam os visitantes do estande Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) na 50ª Expofeira do Amapá, na Rua dos Empreendedores, no Parque de Exposições da Fazendinha.
Fugindo dos eufemismos no trato aos apenados do Instituto, os profissionais mostram ânimo de atletsa medalhistas quando falam dos produtos em exposição no espaço, o resultado do trabalho que os internos desenvolvem dentro dos muros da penitenciária do Estado.
"Entalhe em madeira, cestaria de vime, brinquedos e joias. As peças têm acabamento caprichado, e o polimento cuidadoso de mãos que agarram firme a esperança de dias melhores longe dos muros altos da penitenciária e dos preconceitos", aposta Tércio Araújo, chefe da Unidade de Trabalhos Pedagógicos, que já profissionalizou mais de 300 internos.
A expectativa, diz a assistente social Gabriella Figueiredo, é de que o trabalho de educação empreendedora e ocupacional seja estendido a mais internos com a posse dos aprovados no concurso da instituição.
Para cada três dias trabalhados nas oficinas e ateliês do Iapen, o interno ganha um dia de redução de sua pena. O critério para o ingresso nas unidades de educação ao trabalho exige apenas o interesse do interno em levar até o fim a atividade. Têm direito ao benefício os internos de penas leves.
"O interno que entra nas oficinas dificilmente volta para o mundo do crime. Pelo contrário, eles se esforçam em montar um pequeno negócio explorando os conhecimentos e a nova profissão que adquiriram no Iapen", explica Wanilson Sá.
Segundo o chefe da Unidade de Trabalhos Pedagógicos, o Iapen é a única instituição carcerária do país a ter no seu portfólio de parceirias, que inclui Sesi, Senac a Petrobras. Não é à toa que o estande da instituição é um dos mais visitados da feira.
Manoel do Vale/Afap


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