Os servidores da Polícia Federal vão continuar
em greve, independente da proposta do governo de 15,8% de reajuste apresentada
ontem (17). A informação é do diretor de estratégia sindical, Paulo Paes.
Segundo ele, os diretores da Fenapef (Federação Nacional do Policiais Federais)
fizeram uma videoconferência no início da tarde e decidiram manter o
movimento.
“A greve continua. Não estamos brigando por
aumento. Queremos valorização através das atribuições devido à complexidade da
categoria e da questão do nível superior. Essa proposta não vai ser aceita.
Fizemos uma conferência e ficou definido pela continuidade da greve”.
O governo federal propôs um reajuste de 15,8%,
a ser concedido ao longo de três anos, aos delegados e peritos da PF. Ao
contrário de agentes, escrivães e papiloscopistas, eles não paralisaram as
atividades, mas estão mobilizados, e parte da categoria já aprovou indicativo de
greve. A informação sobre o percentual de reajuste foi divulgada por
representantes das associações nacionais de delegados e peritos.
Paes disse ainda que um núcleo da Fenapef está
estudando um recurso contra a decisão judicial que proibiu operações-padrão das
Polícias Federal e Rodoviária Federal.
“Se tivermos que cumprir, vamos cumprir. Mas
não fomos notificados ainda e estamos questionando o STJ se ele vai nos proibir
de fazer um trabalho eficiente. É um direito constitucional”.
Na última quinta-feira (16), o ministro do STJ
(Superior Tribunal de Justiça) Napoleão Nunes Maia Filho, concedeu uma liminar
pedida pela AGU (Advogacia-Geral da União) para considerar ilegal a
operação-padrão da PF sob pena de multa diária de R$ 200 mil em caso de
infração. A mobilização de agentes da PF em aeroportos intensificando a checagem
de documentos e bagagens em protesto provocou filas enormes e atraso nos
voos.
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