Agentes penitenciários
estão prontos para portarem armas', diz Sinapen-AP.
No
Amapá, são cerca de 650 profissionais.
Lei sancionada nesta quarta-feira (18)
deve ajudar na segurança da classe.
O Sindicato dos
Agentes Penitenciários do Estado do Amapá (Sinapen) afirma que os agentes penitenciários
"estão preparados para portarem armas de fogo fora do local de
trabalho", como permitido pela lei sancionada pela presidente Dilma Roussef e
publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (18). No Amapá são aproximadamente 650 Agentes Penitenciários.
De acordo com o Presidente
do Sindicato, Clemerson Sá, todos os agentes estão conscientes quanto ao
manuseio da arma tanto dentro quanto fora dos presídios. “Todos passam por um
treinamento, disponibilizado pelo próprio Instituto de Administração
Penitenciária [IAPEN-AP], para conhecerem como utilizar um revólver e pistola
380, por exemplo. Existe ainda o exame psicológico promovido pela Polícia
Federal para comprovar isso”, declara.
Clemerson explica
que no exame psicológico, o requisitante de posse de arma de fogo passa por uma
entrevista com um psicólogo credenciado para tal função, que apontará se
existem condições dela ser concedida após a elaboração de um laudo. “É um
procedimento muito burocrático, que leva bastante tempo. Mas com a sanção da
lei, acreditamos que tudo será agilizado”, informa.
O sindicato também
diz que, em uma profissão onde existe perigo constante, a posse de arma é uma
conquista importante para zelar pela segurança dos servidores fora dos
presídios. “Hoje em dia, as ameaças são mais veladas, mas estamos em perigo
durante 24 horas por dia. O sentenciado, que está dentro das unidades
prisionais, nos ameaça constantemente. São vários os registros de agressões”,
aponta o Sindicato.
Pelo texto, os
agentes penitenciários e guardas prisionais serão autorizadas a portar arma de
fogo particular ou fornecida pelo órgão a que estão vinculados desde que
trabalhem em regime de dedicação exclusiva. “Esta é uma batalha iniciada em
2006. Agora a situação será regulamentada”, conta Clemerson.
O Sindicato ainda
explica que alguns profissionais da categoria até possuem a autorização, porém
a renovação é sempre cheia de entraves. Com a sanção da lei, o procedimento
deve ser facilitado. “Havia uma falta de entendimento sobre este direito, que
foi esclarecido com esta lei. Vamos estar mais protegidos de ataques do crime
organizado, por exemplo”, diz.
O projeto já tinha
passado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal. Em 2013, centenas de agentes penitenciários acamparam por semanas em
frente ao Congresso em defesa do pedido. Já o mesmo direito para agentes
portuários foi negado pela presidente.
Lei sancionada nesta quarta-feira (18) deve ajudar na segurança da classe.
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