quarta-feira, 31 de julho de 2013

VALORES DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL



AGENTES PENITENCIÁRIO

TURMA 2003: R$ 35,00
TURMA 2005: R$ 33,00
TURMA 2007: R$ 32,00
TURMA 2012: R$ 31,00

EDUCADORES  PENITENCIÁRIO 

NÍVEL SUPERIOR

TURMA 2003: R$ 50,00
TURMA 2012: R$ 45,00

NÍVEL MÉDIO

TURMA 2003: R$ 35,00
TURMA 2004: R$ 34,00
TURMA 2012: R$ 31,00

Pessoal não esqueçam de contribuir com o sindicato. Ainda estamos na espera do banco para podermos fazer os descontos em conta corrente.
Obrigado.

Presidente do Sinapen e Diretor Sindical tem Reunião com Secretario Balieiro.



Boa tarde!



Ontem tivemos uma reunião com o secretário Balieiro e na ocasião abordamos vários assuntos:



1º Descontos de hora extra e adicional noturno.

- O IAPEN mais uma vez indeferiu nosso pedido contrariando todas as reuniões que o sindicato teve com o diretor. O secretário Balieiro está disposto a sentar com sua equipe para chegarmos a um consenso e na terça dia 06/08/2013 definiremos de vez este assunto.

2º Minutas de INCORPORAÇÃO, REGULAMENTAÇÃO DO PLANTÃO E CRIAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DO PLANTÃO. 

Já estão na sead as minutas para devidos encaminhamentos. Agora é com o executivo e o Secretário Balieiro se colocou a disposição para ajudar.

3º Auxílio Fardamento.

A sead já fez o impacto na folha e encaminhou para a prog finalizar.

4º 2,84.
O secretário nos falou que será feito o possível para ser incorporado no mês de agosto.

5º Criação de um grupo para elaboração da Lei Orgânica do grupo penitenciário.

Futuramente iremos sentar para debatermos somente a criação de nossa lei orgânica, tem que ser com calma este debate.

6º Concurso 2010/IAPEN.

Os recursos já foram todos analisados e publicados e até terça feira 06/08/2013, será feita uma nova chamada para o TAF. O secretário nos informou que será chamado um pouco a mais de classificados devido os termos de desistência.

Pedimos paciência, infelizmente as coisas não andam como queremos. Temos que ser fortes e confiantes, são muitas horas de espera muitas das vezes não somos atendidos. As pessoas que nos apoiam agradecemos muito mesmo, o sindicato têm muito trabalho e pouco reconhecimento e é esse pouco reconhecimento que nos motiva.

Compareceram a reunião: Clemerson e Carlos Alberto.

terça-feira, 30 de julho de 2013

ATENÇÃO COMPANHEIROS DO SISTEMA PENAL DO RIO E DEMAIS ESTADOS DA FEDERAÇÃO!!!

Escrito por Maria Cristina Lobao Sobreira

Art. 40, § 4 da Constituição Federal de 88

Constituição Federal de 1988

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Agente penitenciário
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Esta página ou seção está redigida sob uma perspectiva principalmente brasileira e pode não representar uma visão mundial do assunto.
Por favor aperfeiçoe este artigo ou discuta este caso na página de discussão.
Ficheiro:Finnish female prison guard.jpg
Uma agente penitenciária finlandesa.

Agente Penitenciário é um dos cargos que compõem a Polícia Civil dos Estados, ao lado do Delegado, Perito Legista, Perito Criminal, Papiloscopista, Agente de Polícia e Escrivão, como assim traz o Ministério da Justiça. Entre suas atribuições estão: manter e vigiar os detentos nas unidades prisionais, escoltá-los em hospital, velório, IML, audiências judiciais, além de revistar celas, materiais e visitantes, dentre outras.
No Brasil, são mais de 65 mil Agentes Penitenciários, para vigiar e controlar cerca de 500 mil detentos, que se encontram em pouco mais de 300 mil vagas disponíveis nas unidades prisionais brasileiras, caracterizando, assim, a superlotação delas. O correto, segundo o Conselho Nacional de Políticas Criminais e Penitenciárias, que haja um AGPEN para 05 detentos, como medida de segurança. Sendo assim, deveríamos ter, no mínimo, 100 mil Agentes Penitenciários no Brasil.

A profissão é uma das mais antigas da humanidade, que no passado levava o nome de Carcereiro, e também a 2ª mais perigosa do mundo, conforme elencou a Organização Internacional do Trabalho - OIT. Para exercer o cargo, é necessário prestar concurso público, e se tornar, então, servidor público policial estadual.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito de o Agente Penitenciário se aposentar com 25 anos de atividade, com fundamento no art. 40, § 4º da Constituição e no art. 57 da Lei nº 8213/91, que dispõe sobre o plano de benefícios da previdência social. É um dos poucos cargos onde incidem periculosidade e insalubridade ao mesmo tempo.

Seu exercício é considerado como serviço essencial, pela Lei das Greves nº 7.783/89 (que regulamenta o art. 9º da CF/88), por se tratar de uma necessidade inadiável da comunidade, que, se não atendida, coloca em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população. É tido como atividade de segurança pública nacional conforme o art. 3º, IV, da Lei Federal nº 11.473/2007, e, visto o art. 144 da CF, é exercida para a preservação da ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio.

IAPEN compra 200 Algemas de pulso e 50 Algemas de tornozelo, para uso diario das escoltas e garantir segurança e a integridade fisica dos internos.




MPF/AP: Procuradores da República visitam o Iapen e acompanham andamento das obras de ampliação da unidade

Os procuradores da República Felipe de Moura e Camões Boaventura visitaram, na manhã desta segunda-feira, 10 de julho, o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). O objetivo da atividade foi acompanhar o andamento das obras de ampliação da unidade, realizadas com verba federal, e verificar as condições oferecidas aos detentos para o cumprimento das penas.

A presidente do Conselho Penitenciário Estadual, Maria Acirene Araújo, também participou da visita conduzida pelo diretor do Iapen, Nixon Kenedy. Há dois meses, os procuradores da República integram o Conselho Penitenciário. Durante a primeira inspeção, conheceram as instalações do Iapen e visitaram as obras que estão em andamento. Há sete convênios federais para ampliação e reforma do complexo penitenciário.

“Queremos que as obras sejam concluídas o mais rápido possível para que haja ampliação de vagas. Os internos em regime semiaberto não podem cumprir pena na mesma cela dos que foram condenados em regime fechado”, explica o procurador Felipe de Moura.

Na visita, os procuradores conversaram com os reeducandos. As principais demandas ouvidas foram referentes ao acompanhamento da execução da pena, a superlotação e a expedição de documentos, como RG, CPF, entre outros.

Estrutura – O Iapen tem capacidade para mil internos. No entanto, segundo o diretor da autarquia, Nixon Kenedy, no momento, há cerca de 2300 pessoas cumprindo pena. Algumas instalações existem há mais de 20 anos. As celas não dispõem de sistema automatizado de fechamento. São trancadas com cadeados.

Vigilância – Segundo o diretor, vinte detectores de metais foram adquiridos e estão em uso. Máquina de raio-X também já foi comprada mas ainda não está em funcionamento.

Conselho Penitenciário – Entre as funções do Conselho Penitenciário está a de inspecionar os estabelecimentos e serviços penais. No Amapá, sete pessoas integram o Conselho. Dentre elas, representantes do MPF/AP, do Ministério Público Estadual, da OAB/AP, da Defensoria Pública do Amapá e da sociedade civil organizada. Eles se reúnem ordinariamente às quartas-feiras, no Fórum de Macapá.

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Amapá
(96) 3213 7815
ascom
Twitter: @MPF_AP

Inspeção do MPF checa andamento de obras na penitenciária e constata obras paralisadas. Procurador diz que o que vamos fazer agora é fiscalizar mais de perto e cobrar da Secretaria de Segurança do Estado, o porque da paralisação das mesmas, já que são obras com recursos federais e com recursos liberados

Fonte: http://www.jornalagazeta-ap.com/portal/?p=2&i=18487&t=Plant%C3%A3o_Policial
COLUNA    PLANTÃO POLICIAL     POR JOÃO FROTA
PROCURADOR FEDERAL l

procuradores conversam com reeducandos 1
Foto MPF
Falando com o Procurador Federal Felipe Moura sobre a recente visita ao Iapen ele comentou que, “chegando recentemente ao Amapá, fizemos todo um levantamento de demandas e processos que estavam tramitando em nosso gabinete e em reuniões do Conselho Penitenciário, traçamos algumas prioridades e dentre elas a condição de cumprimento de penas dos condenados do estado do Amapá” narrava Felipe Moura.


PROCURADOR FEDERAL ll

obras no iapen 2Continuou o procurador “por conta da discussão que acontece hoje no Supremo Tribunal Federal (STF), que há muitos presos do regime semi-aberto cumprindo pena no regime fechado, isso é uma irregularidade que tem que ser revista. Por tudo isso resolvemos ir ao Iapen para fiscalizar todas as obras que estão sendo feitas lá dentro da instituição com recursos federais, dentre elas a obra da construção e ampliação do regime semi-aberto” continuou nos falando Felipe Moura.

PROCURADOR FEDERAL lll

O procurador disse ainda que, “na visita estávamos acompanhado pelo Diretor do Iapen delegado Nixon Kennedy, que comentou que, com a conclusão dessas obras folgaria a superlotação existente também no semi-aberto, obras estas bastantes avançadas e no momento paralisado. O que vamos fazer agora é fiscalizar mais de perto e cobrar da Secretaria de Segurança do Estado, o porque da paralisação das mesmas, já que são obras com recursos federais e com recursos liberados” conversava o procurador que, continuou. 

PROCURADOR FEDERAL lV

O procurador Felipe Moura finalizou dizendo que, “são sete obras conveniadas com recursos federais, e a presença do Ministério Público Federal, será uma constante, no intuito de preservar o direito do preso, quando iremos poder ofertar aos apenados do Iapen um cumprimento de pena com mais dignidade, onde essas obras até hoje emperradas, devem ter sua continuação efetivada, concedendo assim mais vagas e espaço para os que ali cumprem suas condenações, esse será nosso papel enquanto fiscais da justiça” completou o competente Procurador Federal Felipe Moura. 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

FENASPEN AVANÇA NO DEBATE COM DIRETOR DO DEPEN

Neste dia 24 de julho de 2013, na Capital Nacional, os diretores da Federação Nacional dos Servidores Penitenciários – FENASPEN, realizaram uma reunião com o diretor do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN, a fim de tratar das pautas de interesse desta categoria, tais como veto ao porte de armas, legalização da função dos agentes e servidores penitenciários e sua uniformização, entre outras questões inerentes.

Na reunião, o diretor geral do DEPEN, o promotor de justiça do Estado de São Paulo, Dr. Augusto Rossini, recebeu muito bem a nossa federação, e ali, na sede do DEPEN, passamos mais de duas horas debatendo e expondo os vários pontos que precisam de atenção do governo federal.

Na oportunidade, questionamos a posição do DEPEN quanto às privatizações e este colocou que o DEPEN vem trabalhando com uma proposta de implantação de Presídios Modelo, projetado por este departamento, que já vai aos Estados com todo o projeto pronto, desde a planta, às especificações arquitetônicas e os cálculos dos custos da construção. E o melhor de tudo é que, o presídio modelo custa 15 milhões, e o DEPEN entra com 12 milhões deste valor. Estas cadeias são para 400 presos. 

A mudança que aconteceu na gestão do dinheiro, que desagradou a muitos é que, o DEPEN não manda mais dinheiro para o Estado construir. Manda já tudo pronto e exige que seja feito nas especificações do projeto. 

A pergunta que fica é: se o DEPEN disponibiliza o projeto e dos 15 milhões financia 12, qual é dificuldade dos Estados captarem estes recursos e estas cadeias?

O diretor geral do DEPEN também se pronunciou a favor do porte de armas para agentes penitenciários e disse que entendia a periculosidade do cargo, porem, o Ministério da Justiça possui setores contrários a esta proposta. 
Falamos da questão do porte e da necessidade da derrubada do veto 02/2013, porem o chefe do DEPEN colocou que esta questão, agora, é de competência do congresso.

Encaminhando as demais discussões, relatamos que os agentes penitenciários possuem dificuldades enormes, e avaliamos que seu nascedouro se dá justamente na falta de uma identidade funcional, de uma legislação nacional que unificasse e padronizasse esta categoria. E neste sentido, propusemos a formulação de um Estatuto Nacional dos Agentes e Servidores Penitenciários, documento que marca o início de uma série de outras legislações e mudanças de foco na gestão e nos procedimentos dos trabalhos no sistema prisional em todo o país.

Desta avaliação e explanação que fizemos, surgiu uma excelente proposta do próprio diretor Rossini, a criação de um Grupo de Trabalho dentro do DEPEN composto de diretores deste departamento e diretores desta federação, para juntos debatermos e traçarmos propostas de mudanças desde a estrutura física das unidades a um novo perfil e propósito da função do agente penitenciário, tirando-o da condição de mero carcereiro para especialistas em gestão prisional e segurança prisional, dentro de um projeto de inclusão dos custodiados.
Alem deste enorme avanço que é a criação de um Grupo de Trabalho composto por agentes e membros do alto escalão do DEPEN e Ministério da Justiça para debatermos o sistema prisional do Brasil e permanentemente, o diretor geral, Dr. Augusto Rossini definiu que o DEPEN realizará reunião mensal com a FENASPEN. Em resumo, temos uma agenda permanente com o departamento penitenciário e o MJ.

Outro ponto que foi definido nesta reunião foi que, como nossa categoria tem um encontro nacional no Mato Grosso do Sul, marcado para os dias 31 e 01 de agosto, debateríamos e voltaríamos com propostas deste encontro para analise e encaminhamento em uma reunião no DEPEN já marcada para o próximo dia 06 de agosto as 09hs.

Finalizando companheiros, queremos ressaltar que, antes desta unificação de toda nossa categoria na FENASPEN, o nosso trabalho sempre se tornou muito duro. 

Com a consolidação da FENASPEN, recebendo todas as demandas (informações, solicitações e denuncias) dos líderes e dos sindicatos dos Estados brasileiros, estamos avançando e conseguindo firmar posição, e recebendo o respeito necessário, graças à qualidade política dos nossos companheiros e diretores.

Estiveram nesta reunião, os diretores Jacira Maria Silva do Estado do Mato Grosso, João Rinaldo do Estado de São Paulo, Jarbas de Souza do Estado de Alagoas, Leandro Vieira do Distrito Federal, o companheiro Nivaldino do Estado da Bahia alem de Fernando Anunciação, do Estado do Mato Grosso do Sul e presidente da FENASPEN.

DIRETORIA EXECUTIVA DA FENASPEN
Fernando Anunciação
Presidente — com Jacira Maria.




Agentes penitenciários: Guerreiros do cárcere



Eles são esquecidos pela sociedade e têm expectativa de vida de 45 anos. Estado têm 152 unidades prisionais, sendo 38 Centros de Detenção Provisória, e concentra a maior população carcerária do País

por Carlos Ratton

Se você perguntar para qualquer criança o que ela gostaria de ser quando crescer vai ouvir inúmeras profissões. Mas, com certeza, nenhuma delas vai dizer: eu gostaria de ser agente penitenciário. E não é difícil descobrir o porquê dessa verdadeira ojeriza a esse tipo de trabalho: o profissional trabalha em condições precárias, a sensação de perigo é constante e tem uma expectativa de vida entre 40 a 45 anos de idade.

As informações fazem parte do relatório final de um trabalho de pesquisa, comandado pela professora doutora Rosa Maria Ferreiro Pinto, da Universidade Católica de Santos (UniSantos), voltado para avaliar, entre outros pontos, o estresse ocupacional de agentes de segurança penitenciária do Centro de Detenção Provisória (CDP) Doutor Luiz Cesar Lacerda, de São Vicente.

“A experiência adquirida nessas pesquisas mostrou que o sistema penitenciário é um universo altamente complexo e expõe de forma nua e crua a face mais perversa da miséria humana e das consequências de um sistema produtivo injusto e desigual. Tudo parece calmo, entretanto, isso é uma bomba prestes a explodir de uma hora pra outra”, aponta o trabalho, que chegou ao Diário do Litoral pelas mãos do vereador de Mongaguá Renato Carvalho Donato (PSB).

Donato, que participou da pesquisa e trabalhou como agente durante 12 anos (dos 18 aos 30 anos de idade) revela que a escala de trabalho é de 12 horas por 36 de descanso — totalizando 40 horas semanais. Os agentes são os profissionais que mais contato têm com os presos, garantem a disciplina e a segurança interna do presídio — condições fundamentais para que todas as outras atividades se desenvolvam.

Conforme a pesquisa, o medo, as relações endurecidas que se observam no sistema prisional e a tensão do perigo iminente que envolve o trabalho do agente penitenciário são fatores que podem levar ao estresse ocupacional, que interfere significativamente nas relações de afeto e amizade, podendo, inclusive, desencadear outros problemas ainda mais estressantes gerando um círculo vicioso de proporções cada vez mais imprevisíveis.

“A sensação de segurança no trabalho é baixa. Aliado a isso, existe a falta de reconhecimento, por parte da sociedade, da função social do agente penitenciário. No entanto, esse profissional é um guerreiro, que entra em um local perigoso e superlotado, sem arma na mão. Entra com a cara e com a coragem, abre e fecha portas para centenas de presos e não sabe o que acontecerá, se sairá ileso e voltará para casa”, afirma Donato.

Agentes penitenciários são esquecidos pela sociedade e podem sofrer doenças psicológicas (Foto: Divulgação)
Agentes penitenciários são esquecidos pela sociedade e podem sofrer doenças psicológicas (Foto: Divulgação)
Palavra

O vereador e ex-agente explica que a única arma do profissional é a palavra. Segundo conta, muitos impasses são resolvidos pelo poder de argumentação do agente. “Há uma troca. Por exemplo, o preso precisa de um determinado utensílio para sua higiene pessoal e sabe que é o agente que pode proporcionar isso para ele. Enfim, toda a vida do preso depende do agente. Até informações sobre mudanças na política de segurança pública são transmitidas pelos agentes aos presos”.

Donato salienta as dificuldades de adaptação ao sistema por novos presos que, em muitos casos, tentam mostrar poder e só mais tarde descobrem que o agente é que consegue alimentação, um médico, idas ao fórum, enfim. “Só com o passar do tempo é que o preso descobre que a confiança é tudo dentro do presídio e a perda dela, associada à perda de controle, é que acarreta problemas como rebeliões”.

Outra questão é a somatória de problemas de saúde causados em função do trabalho do agente, envolvendo hipertensão, diabetes e outras. Há, segundo Donato, até casos de suicídio. “Eu perdi um amigo nessa situação. Os problemas acabam se transferindo para o convívio familiar. O agente penitenciário sofre sem que a população veja. Ninguém se preocupa com um profissional que acaba absorvendo as mazelas da sociedade. Ele reeduca a pessoa. Ele cuida de pessoa que a sociedade não quer mais”.

Donato garante, sem demagogia, ter muito orgulho da ex-profissão. Fora da Câmara, ele divide seu trabalho de advocacia com outro social que realiza dentro da Fundação Casa. Com toda a sua experiência, ele garante: “65% dos presos que conseguem sair voltam para a prisão. Enquanto a política de segurança pública não for entendida como de Estado, mas sim de Governo, a situação não muda. É preciso um trabalho intenso e extenso de inteligência, ação social, educação, saúde básica e, acima de tudo, de acompanhamento à família do preso. A falta de estrutura familiar, responsável pela superlotação, vem desde não ter o nome do pai na certidão de nascimento”, finaliza.
 

Estudo

Outro estudo, apontado pelo vereador, é o do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), realizado pelo psicólogo Arlindo da Silva Lourenço, que ratifica que as péssimas condições de infraestrutura das penitenciárias, a extensa jornada de trabalho e o estresse são os fatores responsáveis pela baixa expectativa de vida dos agentes penitenciários.

Lourenço trabalhou como psicólogo em penitenciárias masculinas do Estado e, entre 2000 e 2002, foi um dos responsáveis, na Escola de Administração Penitenciária, pela implementação de uma política de saúde dos trabalhadores (que acompanhou os agentes vitimados em rebeliões). Pelo estudo, cerca de 10% dos agentes penitenciários se afastam de suas funções por motivos de saúde, geralmente, desordens psicológicas e psiquiátricas.

O trabalho de Lourenço informa que a realidade precária e carente de equipamentos materiais básicos do sistema prisional brasileiro foi apontada como fator de desorganização psicológica dos trabalhadores. Segundo ele, as penitenciárias são repletas de ambientes úmidos e de iluminação insuficiente, de cadeiras sem encosto ou assento, e janelas de banheiros quebradas, elementos que comprometem o bem-estar e a privacidade de agentes e de sentenciados.

Para o psicólogo, essas condições deterioram e empobrecem a pessoa, além de influenciar na capacidade de ressocialização do detento. “Como dizer para o detento que a vida pode ser diferente o aprisionando em um ambiente insalubre, empobrecido, de miséria e desgraça? Os recursos atuais não permitem a execução do trabalho do agente penitenciário com decência, o que implica em um não reconhecimento de sentido na profissão e, por consequência, em um não reconhecimento de sua função social e de sua existência”, alertava o psicólogo.


Secretário Agnaldo Balieiro recebeu, na manhã desta segunda-feira, 29, no gabinete da Sead, representantes dos concursados do Iapen para o cargo de Agente Penitenciário. O grupo foi liderado por Welton Leite.



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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Devolução de Pistola devidamente registrada e certificado de posse em dia.


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE
DIÁRIO DA JUSTIÇA TJ-AC
3ª VARA CRIMINAL JUIZ(A) DE DIREITO GILBERTO MATOS DE ARAÚJO
ESCRIVÃ(O) JUDICIAL DIANE CRISTINA BARROS DE SOUZA
EDITAL DE INTIMAÇÃO DE ADVOGADOS RELAÇÃO Nº 0111/2013

ADV: ALESSANDRO CALLIL DE CASTRO (OAB 3131/AC) - Processo 0706799-60.2013.8.01.0001 - Restituição de Coisas Apreendidas - REQUERENTE: Justiça Pública e outro - Decisão XXXXXXXXXXXXXXX, devidamente qualificado nos autos, por meio de seu advogado constituído, formulou pedido de restituição de uma pistola PT638, nº KDT12545, 01 (um) coldre de porte dissimulado de neoprene, 01 (um) certificado de registro de arma de fogo nº 002121988, 01 (um) canivete e sua bainha camuflada, de sua propriedade (fls. 01/24) Consta nos autos principais que os referidos bens foi apreendido em seu poder em razão do mesmo ter sido abordado pelo cometimento do crime do art. 15, da Lei n.º 10.826/03 (disparo), sendo que a sentença prolatada foi absolutória. Instado a se manifestar, o Ministério Público pugnou pelo deferimento do pleito e devolução dos bens ao proprietário (fls. 31/32). É o relatório. Decido. Em analise aos autos e documentos juntados, constata- se que o requerente é o legítimo proprietário do bem apreendido. A pistola apreendida e os outros bens, conforme parecer ministerial juntado às fls. 31/32, não mais interessam ao processo. Portanto, não mais se justifica a sua perm anência sob a custódia judicial. Ademais, pelo documento juntado aos autos às fl. 08, o requerente tem o porte da arma apreendida. Ante o exposto, com fulcro no art. 119 do Código de Processo Penal, julgo procedente o pedido formulado, e em conseqüência, determino a restituição da pistola PT638, nº KDT12545, 01 (um) coldre de porte dissimulado de neoprene, 01 (um) certificado de registro de arma de fogo nº 002121988, 01 (um) canivete e sua bainha camuflada, ao XXXXXXXXXXX, lavrando-se o necessário termo de liberação da arma. P.R.I.